Rio - O Flamengo tem boa chance de estrear com grande resultado no Brasileiro pelas circunstâncias do clássico. O São Paulo está envolvido na Libertadores, veio de uma batalha na quarta-feira e enfrentará outra contra o Cruzeiro. Alguns jogadores serão poupados e mesmo os poucos que forem escalados não poderão se dedicar de corpo e alma ao desafio da estreia. O Flamengo nada tem a ver com isso e ganha, em tese, boa chance de se impor, apesar de todos os seus problemas. Mas não poderá se empolgar, pois rateou até em um campeonato muito mais fácil como o Carioca, embora haja promessas de mais eficiência e dedicação daqui por diante. O torcedor que não alimente grandes ilusões — a esperança de reforços pedidos por Luxemburgo se esvai porque já se falou tanto de Montillo e Robinho e agora surge o nome de Lorenzetti. Talvez seja mais fácil trazer o chuveiro elétrico. De qualquer forma, a campanha pode ser boa se as ambições não forem tão altas.
SAUDADE DAS FINAIS
É provável que este Brasileiro seja o penúltimo ou até mesmo o último com pontos corridos. Há um projeto adiantado com apoio de quase todos os clubes para formar semifinais e final. Seria a forma de conciliar a parte técnica com a emoção e a memória das decisões. Há apoio da TV patrocinadora e de grande parte da torcida. Todas as experiências até agora serviram como bom laboratório para um modelo definitivo e a mudança parece oportuna, não um retrocesso.
DIA DE FESTA
São Januário deverá estar lotado hoje na volta do Vasco à Série A. Primeiro, pelo próprio retorno depois do castigo de 2014. Na sequência, pela boa recuperação que culminou com o título do Carioca, após 12 anos. Apesar da euforia, o time do técnico Doriva deve jogar como se não fosse o favorito. O adversário é o campeão goiano, não lembra os seus melhores times, mas é um osso duro. O nivelamento atual aumenta a dificuldade e o Vasco que se cuide com os contra-ataques.
FESTA NA FERJ
Alguém se espantou com a festança na Ferj? Claro que não porque todos sabem da aliança, aliás, antiga, entre a federação e o Vasco. É compreensível que aliados políticos e amigos na vida particular confraternizem, mas vamos convir que não pega bem quando se trata de uma entidade que deveria zelar por equilíbrio e justiça para todos, ainda mais com as velhas suspeitas. Como a mulher de César, não basta ser honesta, é preciso parecer honesta. Mas o que esperar dessa gente?
SEM COMPOSTURA
O futebol do Brasil e da América do Sul em geral atravessa momento infeliz. Na vitória de 1 a 0 do River sobre o Boca, gol de Sánchez, impressionou a briga dos jogadores por espaços e a dedicação. Mas a deslealdade imperou. Houve agressões, cusparadas, tudo o que não se vê na Europa. No Brasil, o comportamento dos jogadores é vergonhoso, com reclamações constantes. A boa iniciativa do Flamengo de promover aulas de arbitragem pode se perder no meio da selva.
NEM MARADONA TEM CHANCE CONTRA LIONEL MESSI
Há fã-clube de Maradona, dentro e fora da Argentina, que insiste em considerá-lo superior a Messi. Embora a opinião seja respeitável, basta comparar as duas carreiras, o número de títulos, a eficiência do estilo para que se verifique a superioridade de Messi. A não ser que se dê à conquista da Copa peso absurdo e se considere fundamental a habilidade com a bola para firulas e improvisações. É uma questão de visão do futebol . Se o mais importante é o gol, então não dá para comparar.