Por pedro.logato

Rio - Dominado por muitos anos entre australianos e americanos, o mundo do surfe foi estremecido por uma onda gigantesca formada a partir de uma geração de jovens brasileiros talentosos. Conhecido como ‘Brazilian Storm’, este fenômeno pede passagem e representa uma nova ordem mundial da modalidade. Mas como tudo na natureza, os elementos que compõe esta conjuntura podem estar sujeitos a momentos oscilantes durante sua existência.

Mineirinho lidera o atual ranking mundialAndré Mourão

Principais nomes representantes brasileiros da categoria atualmente, Gabriel Medina e Adriano de Souza, o ‘Mineirinho’,estão em lados opostos nesta temporada. Enquanto o atual campeão mundial não tem um inicio de torneio dos sonhos, Mineirinho está com tudo e não está prosa, liderando o ranking mundial. Mesmo em fases distintas, seus objetivos se encontram em um fato: conquistar o lugar mais alto do pódio na etapa do Rio do circuito mundial de surfe.

“Comecei muito mal essa temporada e quero melhorar. Ainda tem muita coisa para rolar nesse ano, e eu vim muito focado para o Rio. Treinei bastante em casa e por isso que eu estou aqui, para vencer”, afirmou Medina. Já Mineirinho fez questão de exaltar o clima que a torcida faz nas areias da Barra: “O Rio é a cidade que dá ao surfista toda infra estrutura para estar na elite mundial. Ela também uma das cidades mais importantes de todo o surfe mundial. Eu espero poder sair daqui com um bom resultado”, disse.

Porém estes dois elementos da tempestade brasileira desejam a ajuda de alguém muito importante para eles: São Pedro. Por conta de condições climáticas desfavoráveis e poucas ondas no mar da Barra da Tijuca, a WSL (Liga Mundial de Surfe) informou que uma nova chamada será feita hoje, às 7h ( Brasília), para ver se as ondas estão boas para o início da etapa brasileira, mas existe a chance de o começo ser adiado novamente para amanhã, no mesmo horário.

Medina é o atual campeão do mundo%2C mas vive fase instávelAndré Mourão

Explicação da ‘tempestade’ está nas ondas

Integrante que ainda não ganhou o estrelato, mas que detém respeito por aqueles que frequentam o mundo do surfe, o brasileiro Filipe Toledo usou da ciência para dar a chave da vitória na etapa do Rio do Circuito Mundial.

Segundo ele, o jeito agressivo aliado ao conhecimento das ondas deixa os brasileiros com a mão na taça.

“Nosso surfe é bem rápido nessas ondas, e por isso acho que os brasileiros têm essa leve vantagem sobre os gringos. Mas temos que ter cuidado e fazer o nosso melhor para conquistar a taça”, afirmou.

Reportagem de Jéssica Rocha e Ulisses Valentim

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