Rio - O Pan-Americano costuma ser generoso para o Brasil em termos de conquistas. Ficar entre os três melhores no quadro de medalhas já é uma realidade desde o Rio de Janeiro-2007, mas consolidar uma ascensão esportiva a pouco mais de um ano de sediar os Jogos Olímpicos de 2016 é a principal meta do COB (Comitê Olímpico do Brasil) para a edição de Toronto, de 10 a 26 de julho, no Canadá.
O primeiro objetivo já foi cumprido: classificar mais atletas do que em Guadalajara-2011 (515 competidores). O Brasil terá mais de 600 nomes assegurados na delegação que vai a Toronto, e esse número pode chegar a 650, a depender de índices e rankings nacionais e internacionais - as confederações têm até esta sexta-feira para fechar a lista. Não seria, porém, a maior equipe que o país levaria aos Jogos Pan-Americanos, já que no RIo-2007 foram 660 pessoas.

Guadalajara também é parâmetro para os resultados da equipe em Toronto. A meta do COB é superar o número de pódios de quatro anos atrás: 141, sendo 48 medalhas de ouro, 35 de prata e 58 de bronze. O Brasil figurou no top 3 da classificação geral nas últimas duas edições e já foi o vice em total de medalhas em 2011, atrás apenas dos Estados Unidos. Manter-se em ascensão pode dar um parâmetro mais real ao objetivo maior do país neste ciclo olímpico: ficar entre os dez melhores nos Jogos do Rio, em 2016.
Há também um fato simbólico a ser comemorado no Pan de Toronto, se as metas impostas forem atingidas. Quem será o responsável pela 300ª medalha de ouro do Brasil no evento? Na história, os brasileiros figuraram no lugar mais alto do pódio 287 vezes.
Reportagem de Thiago Rocha para o iG