Por fabio.klotz

Rio - A volta da Seleção a um jogo no Brasil depois do fiasco na Copa até que não foi das piores e abriu esperança de boa participação na Copa América com Neymar. Tudo bem que o segundo tempo foi muito ruim porque houve várias modificações e, com o jogo resolvido, os jogadores se pouparam. Mas o que agradou mesmo foi a segunda metade do primeiro tempo, quando a Seleção mostrou boas variações no ataque, jogadas bonitas e eficientes e dois gols sensacionais, de puro talento.

Positivo! Tardelli mostra faro de artilheiro com a camisa da SeleçãoAle Cabral / Parceiros / Agência O DIA

No primeiro, lance bonito de Philippe Coutinho, que pode ser bom substituto de Oscar. Ele deu desconcertante drible de corpo no marcador e fez um gol quase sem ângulo. Jogada de craque. Logo depois, um bom passe de Willian, grande drible de Elias e passe perfeito para o gol de Tardelli.

Nessa fase, os mexicanos atacavam bem, embora insistindo pelo meio e houve pênalti de Fred ignorado pela arbitragem. David Luiz, muito marcado pela goleada na Copa, apareceu com destaque. Na fase final, pura perda de tempo - displicência do Brasil e mediocridade do time B do México.

Grande momento

Neymar atravessa belo momento em sua já excepcional carreira. Messi declarou que ele será em um futuro próximo o melhor do mundo e tudo se encaminha para isso. Se não houver acidente de percurso, a Seleção poderá ter na Copa de 2018 o jogador mais importante e uma referência para a sua redenção. Em Berlim, na final da Liga dos Campeões, Neymar jogou com classe e maturidade. Foi decisivo no primeiro gol, incomodou a defesa italiana e mereceu o gol histórico que levou a torcida catalã à loucura.

Foi só um alívio

A torcida do Flamengo até compareceu para empurrar o time e saiu aliviada do Maracanã com a vitória. Mas ela só serviu para congelar a crise e diminuir a pressão. A atuação do time voltou a ser deficiente, com muitos passes errados e posse de bola quase sempre sem objetividade. A vitória veio em falha do goleiro Danilo, que saiu mal do gol e deu chance para o chute de Gabriel. O Fla continua a preocupar e a esperança só virá com Guerrero e talvez Sheik. Dupla boa de bola e de confusões.

Jogo feio

Vasco e Atlético-PR fizeram uma grande pelada em Curitiba e castigaram a bola. De bom apenas a arena do Furacão, de bela concepção arquitetônica. O Vasco do técnico Doriva voltou a jogar muito mal e os desfalques potencializaram a falta de poder ofensivo. A defesa até se safou e acabou levando dois gols fortuitos, em pênalti desnecessário e, no finalzinho, com o time já no desespero. Mas a derrota fez sentido porque o líder, mesmo mal, teve mais volume de jogo.

Apoio exagerado

René Simões faz belo trabalho no Botafogo, sabe como unir o grupo e conquistar a confiança. Uma de suas estratégias é dar força a todos, sem distinção. Mas não precisa exagerar. Continua insistindo com Pedro Rosa. Pode até ser ruim para o jogador e injusto com o improvisado Luis Ricardo, que tem aprovado. Até Giaretta pode se dar melhor na lateral. Se Rosa é tão bom como René garante, que se dê a ele tempo para se adaptar. Caso contrário, o Botafogo é que pagará o pato.

E quem caiu morto no Horto foi o Galo

Tivemos no Horto sensacional duelo entre o ótimo time do Atlético-MG e o Cruzeiro recauchutado por Vanderlei. E não é que o Pofexô se deu bem? Na fase inicial, o Galo poderia ter liquidado a partida. Faltou um pouco de intensidade e o futebol sempre caprichoso permitiu um gol contra no último lance. Foi o suficiente para que o Cruzeiro voltasse com outra cara, e é possível que a experiência de Vanderlei tenha contribuído para isso. Quem sabe ele não devolve o time à briga pelo tri?

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