Por pedro.logato

Rio - Não faltam apenas craques no combalido futebol brasileiro. A estrutura geral é muito deficiente. Estão aí os elefantes brancos da corrupta Fifa e mesmo os que têm programação regular exibem, um ano após a Copa, um gramado horroroso — o Maracanã não está longe disso. Mesmo os mais modernos, como a Arena do Palmeiras, mostram contraste entre sua beleza e o gramado ruim. As desculpas são as de sempre — umidade, clima seco, época do ano e por aí vai. Outro problema sério que afasta o público é o horário dos jogos: 19h30m de domingo é um absurdo. Como explicar que, no recente feriado, às 16h, o Maraca recebeu no Flu x Coritiba o dobro da torcida de domingo? Pode ser exigência da TV ou para não concorrer com a Seleção, mas é fundamental encontrar uma outra saída.

Horários dos jogos do Brasileirão têm deixado o torcedor desnorteado Márcio Mercante

BONS VENTOS

Dois grandes que ainda lutam com problemas políticos parecem entrar em fase de esperança. O Flamengo, mesmo no Z-4, está melhorando, tem novo padrão de jogo e promete reação com os novos reforços, que incluem Guerrero e Sheik. Não há chance de cair e o time pode até sonhar com a Libertadores. E o São Paulo, de técnico estrangeiro, pode até brigar pelo título.

OS ESTRANGEIROS

Há muito tempo que se pede uma colaboração estrangeira para a evolução tática do futebol brasileiro e tentativas anteriores não deram certo ou acabaram com duração limitada. A coisa parece estar mudando com o uruguaio Diego Aguirre no Inter, que ainda luta na Libertadores, e com o colombiano Carlos Osorio, bem aceito no São Paulo.

DUNGA VAI BEM

Por mais que seja antipatizado por muitos e tenha cometido graves erros na Copa de 2010, Dunga vai se saindo bem nesta difícil fase pós-Copa. O time ganha todas, as invenções vão dando certo e a Seleção mostra sempre motivação e disciplina tática, o que deixa a defesa bem protegida. Dependemos muito de Neymar e não há tantos craques por aí, mas essa é outra história.

PERIGO DE PERDAS

Basta um jogador se destacar um pouco que o torcedor já teme perdê-lo para um empresário. Agora mesmo, Gerson, do Flu, está com pé no exterior. O Corinthians se desfez de um time vencedor e o mesmo fez o Cruzeiro. Até Renato Cajá virou objeto de consumo na Ponte Preta e, na Série B, o Botafogo teme perder — vejam só — Pimpão e Arão.

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