Rio - A CBF vai pedir autorização à Fifa autorização para utilizar a tecnologia no auxílio aos árbitros a partir do Campeonato Brasileiro da Série A em 2016. A decisão foi tomada após reunão da Comissão Nacional de Clubes, que se reuniu na sede da entidade na quinta-feira.
"Sabemos que é impossível a seres humanos atingir o índice de erro zero na arbitragem. Por isso, considerando a solicitação dos clubes, a CBF pleiteará junto à Fifa a aprovação do uso de imagens da TV para auxiliar os árbitros. Queremos que o Brasil tome a liderança no processo de introdução da tecnologia no futebol e que sirva de referência para outros campeonatos no mundo", disse Marco Polo Del Nero, presidente da CBF.
A Comissão Nacional de Arbitragem já desenvolveu um projeto que será entregue à Fida para ser avaliado. O responsável pelo programa de implantação da tecnologia será Manoel Serapião Filho, que viajará a Londres para participar do Painel Técnico Consultivo da IFAB (International Football Association Board), o órgão que regulamenta as regras do futebol.
O emissário da CBF explicou que será criado o cargo de Árbitro de Vídeo (AV), que será responsável por corrigir erros técnicos ou disciplinares claros e indiscutíveis que possam alterar diretamente o resultado ou o desenvolvimento das partidas, seguindo o princípio de não interrupção do jogo (mínima interferência).
"O AV atuará com base em imagem televisiva simultânea e com possibilidade de imediato replay. A comunicação com os árbitros será feita por ponto eletrônico", disse o ex-árbitro.
Os seguintes lances deverão ter a interferência imediata do AV:
a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol;
b) Saídas da bola pela linha de meta, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti;
c) Definição do local de tiros livres diretos, ocorridos nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti;
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas de modo claramente equivocado
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na mesma jogada haja gol ou pênalti;
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem;