Por victor.abreu

Estados Unidos - A Justiça dos Estados Unidos e da Suíça devem indiciar mais dirigentes ligados aos casos de corrupção na Fifa, informaram os procuradores-gerais dos dois países, Loretta Lynch e Michael Lauber, respectivamente, nesta segunda-feira.

Michael Lauber%2C procurador-geral suíço e Loretta Lynch%2C Procuradora-Geral dos Estados UnidosEfe

"Nossa mensagem é clara: ninguém está acima da lei. Nenhuma organização corrupta está além do alcance e nenhum ato criminal pode ser escondido dos homens e mulheres dedicados a lutar por justiça", disse Lynch em coletiva.

De acordo com as autoridades, desde que o caso foi divulgado em maio, a quantidade de provas e de documentos só aumentou e está ficando cada vez maior. A norte-americana destacou que a investigação "não é limitada" e que as "evidências" estão sendo seguidas.

Em tom de brincadeira, Lauber afirmou que todo o processo "não chegou ao intervalo ainda", dado a quantidade de documentos e depoimentos tomados até o momento. Ao todo, já são 11 terabytes de informações recolhidas.

Lynch também destacou que as informações já resultaram em "acusações de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo duas décadas de negócios". "Foram expostos altos funcionários da Fifa, líderes de órgãos regionais sob a égide da Fifa e executivos de marketing esportivo que, de acordo com as acusações formais, pagaram milhões de dólares em propinas e subornos para obter lucros em meios de comunicação e em direitos esportivos de torneios de futebol internacionais", concluiu Lynch.

Ao serem questionados sobre a participação do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que está detido, os procuradores informaram que não falariam sobre casos individuais e nem citariam nomes dos suspeitos envolvidos em crimes.

No dia 27 de maio, sete altos cartolas da Fifa foram presos na Suíça por diversos crimes relacionados à corrupção na venda de direitos de torneios de futebol chancelados pela entidade. Além deles, outras sete pessoas foram indiciadas pelos mesmos crimes e foram sendo presas em suas nações de origem. A crise no maior órgão do futebol mundial, fez com que o presidente Joseph Blatter anunciasse sua renúncia e a Fifa convocou novas eleições gerais para 26 de fevereiro de 2016.

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