Por renata.amaral

Rio - Dunga convocou os 23 jogadores que disputarão os dois primeiros jogos das Eliminatórias da Copa, contra Chile e Venezuela. Apesar da lista principal já estar montada - sem grandes surpresas em relação à última apresentada pelo técnico -, os nomes ainda podem sofrer alterações para o restante das disputas, segundo o comandante da Seleção.

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"Nas Eliminatórias de 2010, convocamos 55 jogadores. Alguns que não estiverem agora, temos uma lista longa. Todos devem se sentir preparados, porque podem ter oportunidade. Durante um ano de preparação, tivemos boas experiências, outras nem tanto. Agora vamos iniciar as Eliminatórias, temos poucos jogadores que participaram de uma. Mas tivemos a oportunidade de aproveitar bem a Copa América, assim como os amistosos. Chegou o momento mais importante e nós estamos preparados", disse Dunga.

Técnico fez a primeira convocação do Brasil para a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018Estefan Radovicz / Agência O Dia

A grande ausência da lista foi Neymar, que está suspenso ainda devido à sua participação na Copa América. Apesar do recurso apresentado pela CBF para que o atleta voltasse à equipe antes do estipulado, a resposta ainda não foi definida.

"Gostaríamos de contar com o Neymar, não é possível. Temos de focar nos jogadores que vão contribuir conosco para essas duas partidas das Eliminatórias. Senão vamos começar a tirar o foco para uma coisa que não temos concreto. O que temos de concreto são os jogadores que temos aqui e vamos trabalhar para ter o nosso objetivo", disparou o técnico.

A estreia nas Eliminatórias não será fácil. O adversário da partida do dia 8 de outubro, em Santiago, é o Chile, atual campeão da Copa América. Dunga, que já ressaltou que a responsabilidade da vitória está justamente com os adversários, afirmou mais uma vez que o jogo será bastante disputado, mas garantiu que a Seleção estará preparada para sair vitoriosa.

"O Chile é uma seleção que tem um futebol muito dinâmico e agressivo. Foi campeã da Copa América. Sempre tivemos dificuldade para jogar com eles, principalmente em Eliminatórias. Recentemente tivemos um jogo contra eles na Inglaterra, difícil. Não vai ser diferente agora, mas nos sentimentos preparados. Assim como vamos ter dificuldade, eles também vão ter. Futebol tem de se impor dentro de campo", afirmou Dunga, que completou falando do nível de dificuldade de todos os adversários da América do Sul.

"As dificuldades fazem parte do nosso trabalho. Os adversários cresceram muito. Todo mundo evoluiu, então é natural que a gente tenha mais dificuldade. Mas eu coloco sempre como uma grande oportunidade para nós que estamos na Seleção, de podermos demonstrar ao torcedor brasileiro que estamos trabalhando muito sério. Estamos muito conscientes do que temos de fazer e não vamos medir esforços para conseguir o nosso objetivo", garantiu.

Uma das surpresas da convocação ficou na lateral. Rafinha, do Bayern de Munique, ganhou mais uma oportunidade na equipe, devido às lesões de Daniel Alves e Danilo. O jogador foi bastante elogiado pelo técnico da Seleção, que explicou e justificou sua convocação.

Rafinha foi convocado para a SeleçãoDivulgação

"Nós observamos todos os jogadores. Tivemos várias lesões. O Rafinha está o mesmo nével dos demais jogadores que estavam sendo convocados, como Danilo e Daniel Alves. Agora surgiu uma oportunidade para nós convocarmos o Rafinha. É experiente, joga a Champions League, muitos anos na Europa. Não vai sentir nenhuma pressão ou questão de adaptação. Está dada uma oportunidade, mas depende sempre do jogador", disse Dunga, que também falou sobre Hulk, com quem teve um desgaste no último ano, e sua importância para a equipe.

"Hulk estava jogando bem, o chamamos, botamos em uma posição em que ele joga na sua equipe, mais perto da área. Ele correspondeu àquilo que nós já conhecíamos. Quanto a quem vai jogar ou não, a gente vai depender muito de como os jogadores chegarão à Seleção", explicou.

Os confrontos das Eliminatórias têm uma atmosfera diferente, segundo Dunga. O comandante do Brasil garantiu que, apesar da pressão ser maior do que em uma Copa do Mundo, a postura da Seleção impecável.

"Na Copa do Mundo, o estádio é neutro. Quando é Eliminatórias, todo aquele país se une para torcer contra o Brasil. As dificuldades não vêm de agora, sempre foi assim. Vai aumentando cada vez mais. Temos de estar preparados para esse aspecto", concluiu.

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