Por fabio.klotz

São Paulo - A tradição francana se renova e aposta num DNA que faz parte da história do clube. Após uma carreira vitoriosa como atleta e tal qual os passos do pai, Helinho agora é o técnico do time.

Agora manager%2C Lula Ferreira cumprimenta Helinho%2C novo técnico de FrancaJúlia Abrão / Franca Basquete / Divulgação

"A expectativa é boa. Estou muito motivado e feliz. Sei da responsabilidade que é estar em uma equipe que ao longo de uma história de 60 anos ininterruptos teve apenas cinco técnicos. É realmente uma responsabilidade. Estou muito motivado e otimista para fazer um bom trabalho", declarou Helinho, que assume no lugar de Lula Ferreira, agora manager de Franca.

Ex-armador, ele se aposentou em 2015, mas continuou a vida no basquete, como gerente-executivo de Franca. De lá para cá, Helinho se preparou ainda mais para a hora de virar técnico, inclusive com estágio no campeão da NBA

"Eu fiquei no Golden State por 18 dias, foi muito importante para mim. Também aprendi a parte administrativa, é importante para o técnico saber o que passa fora da quadra. Eu já vinha ao longo do tempo pegando material, ganhando conhecimento. Eu já venho me preparando desde os 2 anos", conta Helinho.

Não é apenas uma brincadeira quando ele diz que a preparação começou quando tinha dois anos. Helinho respira basquete desde sempre. Virar técnico é algo natural, com a bênção do pai Hélio Rubens, que também virou treinador de Franca logo após se aposentar.

"Não ser treinador seria jogar fora um conhecimento que adquiri. Meu pai me motivou demais. Ele está muito feliz e me motivando", afirma Helinho.

Em 20 anos de carreira, Helinho teve apenas seis técnicos. Além do pai, trabalhou com Lula Ferreira e Daniel Wattfy, em Franca, João Batista e um "pouco" do Brasília em Uberlândia, e Ênio Vecchi na seleção brasileira sub-22.

"A minha formação é muito daquilo que vi meu pai trabalhar, com um pouco do Lula e do Daniel. Franca tem uma escola muito forte de formar técnico e jogador. Agora é colocar em prática tudo o que aprendi", explica Helinho, já com a filosofia de técnico definida:

"Eu quero fazer a tradição, aquilo que aprendi: defesa forte, um ataque consistente dentro do sistema. São coisas fundamentais para qualquer equipe de basquete. Eu vou tentar colocar isso da forma mais clara possível."

A carreira como atleta também é um trunfo para brilhar como técnico: "Ajuda a já saber como é o dia a dia de trabalho do técnico. Por ter sido armador, uma posição de controle de jogo, com cobrança de técnico, e por ter convivido com técnico em quadra e em casa dá confiança no que preciso fazer."

Helinho agora se concentra na formação do time: "Estamos conversando com a diretoria, vendo os valores para trabalhar. Pretendo contratar quatro, cinco jogadores pontuais para formar a coluna vertebral da equipe, para que depois a gente possa ter oito jogadores adultos", encerra.

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