Ameaçado de degola, Inter entra no STJD para tirar pontos do Vitória
Colorado não desistiu de ação por entender que existe irregularidade no registro do jogador do clube baiano; Punição salvaria os gaúchos da degola
Por gabriel.santos
Rio - Correndo sério risco de ser rebaixado para a Série B pela primeira vez na história, o Internacional confia no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para se livrar da segunda divisão. Nesta quinta-feira, o clube gaúcho ingressou no tribunal para tentar tirar pontos do Vitória e, assim, se salvar.
Pelo que explicou o STJD, o Inter solicitou a juntada de uma manifestação com documentos no processo 71/2016, aberto pelo Bahia contra o Vitória, ainda no primeiro semestre. O clube afirma que os documentos "servirão para ratificar a gravidade, e comprovar a má-fé da conduta dolosamente praticada pelo Vitória" O pedido será analisado pela Procuradoria da STJD, que tem três dias para dizer se acata ou não.
Quando viu que seu time tinha dificuldades de reverter o risco de rebaixamento dentro do campo, o Internacional passou a defender que Victor Ramos tem sido escalado irregularmente pelo Vitória desde o início do ano. No Brasileirão, ele atuou em 26 partidas. Se punido, clube baiano ficaria com 33 pontos negativos.
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A discussão sobre a situação de Victor Ramos começou ainda em março, durante o Campeonato Baiano. O Bahia questionava o fato de o zagueiro, depois de ter seu vínculo encerrado com o Palmeiras, no fim do ano passado, não foi novamente registrado pelo Monterrey, do México. Em março, ele foi registrado pelo Vitória sem antes passar pelo clube dono dos seus direitos federativos.
Isso fez com que a transferência fosse nacional e não internacional. À época, a Federação Baiana de Futebol (FBF) questionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a situação de Victor Ramos e recebeu aval para registrá-lo.
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"A inscrição de Victor Ramos se deu com base em contrato regularmente registrado em 16 de março, em informação da CBF posteriormente ratificada por e-mail, no sentido de que se tratou de transferência nacional, pois o ITE (Certificado de Transferência Internacional, na sigla em inglês) já estava no Brasil", alegou a FBF em comunicado em 28 de março.