Rio - O goleiro Jackson Follmann chegou no início da madrugada desta terça-feira ao Brasil, por volta de 0h20, no aeroporto de Congonhas. Ele é o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros do acidente aéreo que matou 71 pessoas no último dia 29, em avião que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia, a retornar para o País.
Quase uma hora depois, o jogador foi levado por uma ambulância para o hospital Albert Einstein para realizar cirurgia na vértebra C2, da coluna vertebral. A operação, a ser realizada pelo ortopedista do clube catarinense, é delicada e o hospital foi escolhido por ter equipamentos que ajudam no procedimento.
Segundo o médico da equipe catarinense, Marcos André Sonagli, o atleta parecia aliviado quando o avião chegou a São Paulo. "Ele não tinha expressão. A única coisa que vi foi ele soltando o ar. Ele estava segurando um pouco a respiração na hora do pouso e, quando o avião tocou o chão, ele soltou o ar. Então, sem dúvida, foi uma sensação de alívio", contou. "Estar próximo de casa também traz uma ânimo maior e traz uma responsabilidade para nós também. Com certeza, ele está mais feliz e isso vai ajudar na recuperação."
Segundo a assessoria de imprensa da Chapecoense, nesta terça-feira chegarão em Chapecó o lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel, outros dois sobreviventes da tragédia. A previsão é que eles desembarquem, trazidos por jato ambulância, na cidade catarinense por volta das 20 horas. Ainda na pista do aeroporto, eles serão colocados em uma ambulância que levará os dois para hospitais da região.
Quanto ao zagueiro Neto, os médicos acreditam que ele precisará continuar hospitalizado por pelo menos mais três dias em Medellín. Ele foi a última pessoa a ser resgatada com vida no acidente e é o sobrevivente em estado de saúde mais delicado, embora já tenha deixado a condição do coma induzido, passando a respirar sem ajuda de aparelhos, o que inicialmente foi necessário em razão de uma infecção pulmonar.