Por luis.araujo
Boston - Futebol americano é um esporte de estratégia, uma luta constante contra o relógio em busca da conquista do território adversário. Uma verdadeira batalha campal na qual os exércitos empunham a bola oval. E, se toda guerra tem o seu senhor, esse senhor atende pelo nome de Tom Brady.
Tom Brady faturou seu quinto título EFE/EPA/LARRY W. SMITH

A camisa 12 do New England Patriots tem seu nome nas costas, mas nela bem que poderia estar grafada ‘Sr. Super Bowl’. Na noite de domingo, Brady escreveu para sempre o nome na história do esporte ao comandar vitória espetacular por 34 a 28 sobre o Atlanta Falcons na 51ª edição do Super Bowl, a final da NFL, a liga americana profissional. 

E, para colocar a mão no Troféu Vince Lombardi, o marido da modelo Gisele Bündchen teve que quebrar recordes atrás de recordes, feito que o fez ser aclamado — pela imprensa americana — a assumir o posto de ‘maior jogador de todos os tempos’, dono de incríveis 11 recordes no Super Bowl. “Fomos campeões do jeito que não planejávamos. Saímos de um pesadelo para viver um sonho”, disse Brady logo depois da partida.

Ele viu seu time ser massacrado pelo Atlanta, que chegou a estar vencendo por 28 a 3 até o terceiro quarto. Foi então que a história começou a ser escrita. Com passes precisos, empatou o jogo e forçou a prorrogação. Na primeira posse de bola, lançou James White para o touchdown decisivo.

A maior virada da história do Super Bowl garantiu aos Patriots o quinto título de sua história. Brady, que faturou o prêmio de Jogador Mais Valioso (MVP) pela quarta vez em suas sete participações no Super Bowl, atingiu tal marca junto com o treinador Bill Belichick, os únicos que conseguiram cinco títulos na NFL. 

Publicidade
Mas a lista de recordes de Brady é extensa. Além do maior número de participações e de títulos, ele está no topo em outros nove quesitos (ver quadro ao lado). Ao todo, a épica partida disputada em Houston quebrou 24 recordes de Super Bowl.
Mas o maior troféu da noite não foi erguido por Brady. Ele teve a camisa roubada no vestiário, certamente levada por um fã, que transformou o número 12 na mais nova relíquia do futebol americano.