Paraguai - A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) vai abrir um processo de investigação para analisar a possível escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio, da Chapecoense, na partida contra o Lanús, na noite de quarta-feira, pela Copa Libertadores. O intuito da entidade é definir o assunto até a realização da última rodada do grupo, na próxima terça-feira.
Após perder para o time catarinense por 2 a 1, na Argentina, o Lanús acionou a Conmebol para reclamar que a escalação do zagueiro foi indevida. Como o estatuto disciplinar da entidade prevê a derrota por 3 a 0 para quem descumprir regras sobre punição a atletas, a Chapecoense perderia os pontos conquistados em campo e, assim, estaria sem chances de se classificar.
Os argentinos consideram que o defensor, autor do segundo gol da Chapecoense, não deveria ter jogado porque recebeu três partidas de suspensão por causa da expulsão no compromisso anterior pela Libertadores, a derrota por 3 a 0 para o Nacional, em Montevidéu A Chapecoense alega não ter sido comunicada dessa sanção e se defende ao dizer que Luiz Otávio cumpriu uma partida de suspensão automática ao não participar da decisão da Recopa Sul-Americana, disputada semana passada.
O presidente do time catarinense, Plínio David de Nês Filho, o Maninho, disse em entrevista coletiva em Buenos Aires ter provas de que o clube não recebeu e-mail sobre a punição de três jogos aplicada ao zagueiro. "Não houve aviso oficial ao clube em nenhum momento e temos provas disso, tanto é que estamos tranquilos por essa razão", afirmou.
A presença de Luiz Otávio entre os titulares ficou sob suspense até a partida começar. A dúvida iniciou no vestiário, com o aviso do delegado da partida. A comissão técnica pensou em tirar o zagueiro do jogo, mas ao procurar registros nos e-mails e entre os dirigentes, nada encontrou e manteve a escalação do jogador, em decisão bancada pelo presidente do clube.
"Me comunicaram dois minutos antes da partida que não poderíamos colocar o Luiz Otávio em razão de um problema que não foi sequer julgado. É um absurdo. Foi um aviso sem nenhuma legalidade maior, a não ser verbal", comentou Maninho.