Por adriano.araujo

Austrália - A seleção brasileira só precisou de dez segundos nesta terça-feira para deixar para trás a primeira derrota sofrida sob o comando de Tite, na semana passada. Jogando no mesmo Melbourne Cricket Ground, o time do Brasil dominou a anfitriã Austrália com facilidade, mesmo contando com diversas novidades na equipe, e goleou por 4 a 0, com direito a um gol relâmpago.

Diego Souza marcou aos 1 0 segundos do início da partida EFE

Em comparação ao duelo contra os argentinos, a seleção sofreu oito mudanças na escalação. Diego Souza e Taison foram os que aproveitaram mais a oportunidade. O jogador do Sport marcou duas vezes, incluindo o gol relâmpago. E o atacante do Shakhtar Donetsk deixou sua marca logo após entrar em campo. Thiago Silva marcou o outro gol brasileiro.

Além do zagueiro, o meia Philippe Coutinho e o volante Paulinho foram os únicos titulares de sexta-feira que foram mantidos na equipe nesta terça. Coutinho foi quem teve o desempenho mais discreto. Ele viu a seleção evoluir rapidamente no setor ofensivo nos últimos 25 minutos da partida, quando foi substituído por Willian.

Efetivo no ataque, o Brasil praticamente não levou sustos na defesa, diante de um público inferior ao jogo com a Argentina - foi quase metade dos 95 mil presentes na sexta. Diego Alves mal tocou na bola, bem protegido por Thiago Silva e Rodrigo Caio. David Luiz completou o setor defensivo ao atuar como volante, logo à frente dos zagueiros.

O JOGO 

Vestindo azul, a seleção espantou qualquer chance de pressão, em razão da primeira derrota de Tite, com um gol relâmpago. Logo após o apito inicial, Giuliano roubou a bola da defesa australiana, investiu pelo meio e acionou Diego Souza, que entrou na área e bateu na saída do goleiro Langerak, aos 10 segundos de jogo. Foi um dos gols mais rápidos da história da seleção brasileira.

A vantagem precoce no placar acabou com qualquer ansiedade da equipe e deu tempo para o desfigurado meio-campo brasileiro se encontrar em campo. Testado como volante, como já fizera no Chelsea, David Luiz formava trio com Paulinho e Philippe Coutinho. Paulinho se infiltrava pela direita e Coutinho, mais contido, se concentrava na armação.

Mais à frente, Giuliano atuava mais centralizado, enquanto Diego Souza tentava fazer as funções de Gabriel Jesus, machucado. Douglas Costa, apagado durante quase todo o jogo, pouco apareceu na etapa inicial. E, no segundo tempo, mancava em campo.

Com esta formação, a seleção pouco assustou o goleiro Langerak no primeiro tempo. Depois do gol surpreendente, o time de Tite só criou duas chances de perigo. Aos 28, Diego Souza mandou para as redes, mas a arbitragem já assinalava o impedimento. Cinco minutos depois, Paulinho desperdiçou boa chance, em conclusão de trama armada pela esquerda com Diego Souza e Douglas Costa.

Do outro lado, a Austrália até tentava ameaçar algum dano à defesa brasileira. A partir dos 10 minutos, passou a marcar no campo de ataque. Porém, Thiago Silva e Rodrigo Caio não tiveram dificuldades para saírem jogando. O goleiro Diego Alves não foi acionado em nenhum momento da etapa inicial.

Com time já recheado de novidades, Tite preferiu não fazer mudanças para o segundo tempo. Só trocou Douglas Costa por Taison nos primeiros minutos porque o jogador do Bayern de Munique estava lesionado.

A troca não mudou a dificuldade da seleção em penetrar na defesa australiana. Os donos da casa, na segunda etapa, praticamente abdicaram de atacar e se concentraram na marcação, que era considerável no primeiro tempo.

Assim, o time brasileiro precisou da bola parada para buscar o segundo gol. Aos 16, Coutinho cobrou escanteio, David Luiz desviou de cabeça na primeira trave. A bola acertou o travessão. No rebote, Rodrigo Caio escorou na pequena área e Thiago Silva enfim cabeceou para as redes.

Então emperrado, o meio-campo brasileiro começou a funcionar a partir dos 25, quando Tite trocou Coutinho por Willian. O meia do Chelsea deu maior mobilidade ao setor ofensivo, que passou a fluir melhor. E as jogadas de perigo se tornaram frequentes. Aos 28, Taison recebeu pela esquerda, cara a cara com o goleiro, mas desperdiçou a oportunidade.

Menos de um minuto depois, Willian fez jogada pela direita e iniciou tabela que Paulinho finalizou com o mesmo Taison, se redimindo pela chance perdida anteriormente: 3 a 0. Para selar o placar, o mesmo Willian cobrou escanteio na área e Diego Souza subiu bem para cabecear para as redes, aos 47 minutos.

JOGO EM PORTO ALEGRE - Durante a transmissão do amistoso desta terça, a CBF confirmou que o duelo entre o Brasil e o Equador, pela próxima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, será disputado na Arena Grêmio, em Porto Alegre. A partida está marcada para o dia 31 de agosto.

FICHA TÉCNICA:

AUSTRÁLIA 0 x 4 BRASIL

AUSTRÁLIA - Langerak; Wright (Dylan McGowan), Sainsbury (Irvine) e Degenek; Milligan, Luongo (Mooy), Leckie (Ajdin Hrustic), Kruse, Troisi (Rogic) e Behich; Cahill (Jamie Maclaren). Técnico: Ange Postecoglou.

BRASIL - Diego Alves; Rafinha, Thiago Silva (Jemerson), Rodrigo Caio e Alex Sandro; David Luiz (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto) e Philippe Coutinho (Willian); Giuliano (Rodriguinho), Diego Souza e Douglas Costa (Taison). Técnico: Tite.

GOLS - Diego Souza, aos 10 segundos do primeiro tempo. Thiago Silva, aos 16, Taison, aos 28, e Diego Souza, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Não houve.

ÁRBITRO - Hiroyuki Kimura (Japão).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 48.847 pagantes.

LOCAL - Estádio Melbourne Cricket Ground, em Melbourne (Austrália).

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