Por marlos.mendes

Rio - A dança das cadeiras dos treinadores no futebol brasileiro pode estar com os dias contados. A CBF recebeu uma proposta, apresentada pelo advogado Marcos Motta, para criar duas janelas de transferências ao longo da temporada a fim de limitar o entra e sai frenético de técnicos nos clubes. A entidade promete debater internamente a ideia e pode incluí-la já no regulamento geral de competições em 2018.

Luxemburgo foi demitido recentemente pelo SportWilliams Aguiar / Sport Club do Recife

Dessa maneira, cada clube teria que registrar na CBF o nome do atual treinador e de auxiliares que poderiam substituí-lo em caso de demissão. A medida, entretanto, não proibiria a dispensa de um treinador enquanto a janela estivesse fechada.

Além dessa proposta, a CBF analisa uma outra, encaminhada pela Federação Brasileira de Técnicos de Futebol (FBTF), que prevê o limite de duas trocas por ano, sem respeitar sistematicamente um período específico. Além disso, cada treinador só poderia trabalhar em três clubes, no máximo. Independentemente de divisão ou estado.

Somente neste ano, os clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro foram comandados por 58 técnicos diferentes (veja o quadro ao lado), entre efetivos e interinos. Apenas Avaí, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense e Grêmio mantiveram o treinador desde o início temporada. O recordista de trocas é o Vitória, que já teve cinco nomes distintos à beira do campo. A última vítima dessa instabilidade foi Vanderlei Luxemburgo, demitido pelo Sport após a derrota por 2 a 0 para o Junior Barranquilla-COL, na noite de quinta-feira, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Fugindo desse padrão, o Londrina é o clube brasileiro que tem um treinador há mais tempo no cargo. E colhe os frutos. Claudio Tencati, que está no comando desde abril de 2011, levou a equipe da Série D para a B do Campeonato Brasileiro, além de ter sido campeão paranaense em 2014 e da Primeira Liga neste ano.

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