Marquinhos, zagueiro - CBF
Marquinhos, zagueiroCBF
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - Marquinhos foi o primeiro jogador a se apresentar na seleção brasileira na manhã desta segunda-feira em Teresópolis. Chegou cedo. Às 7h30, o zagueiro de 24 anos se colocou à disposição de Tite. Ao Estado, em entrevista exclusiva, ele revelou suas primeiras lembras de uma Copa. Foi a de 2002, quando o Brasil conquistou o penta sob o comando de Felipão. Ele tinha 8 anos. Aquela disputa, segundo ele, o fez querer ser jogador profissional. O zagueiro do Paris Saint-Germain deu muito moral para a seleção da França, apontou alguns outros rivais que podem atrapalhar o Brasil na disputa e se recusou a aumentar a pressão em cima de Neymar.

Dos adversários da primeira fase, quais os perigos de Suíça, Costa Rica e Sérvia?

Temos adversários fortes coletivamente. A Costa Rica fez uma excelente Copa do Mundo no Brasil, uma competição que teve muitas surpresas. Então, a gente tem de tomar cuidado. A Suíça também é um adversário muito difícil. A seleção a enfrentou muitas vezes em amistosos e teve dificuldade. A Sérvia também é um jogo muito duro, muito firme, coletivo. São grandes seleções, grandes jogadores que vamos enfrentar. Temos de fazer um excelente trabalho.

Das outras seleções candidatas ao título, quais você considera como as mais perigosas?

Por acompanhar de perto, posso dizer que a França é uma das seleções mais qualificadas dessa Copa do Mundo, como nome, no papel. Mas durante uma Copa muita coisa pode acontecer, a gente vê seleções que antes da Copa não eram consideradas favoritas, não eram as melhores, mas que chegam às fases decisivas. E outras acabam decepcionando. Temos que realmente pensar no nosso trabalho, na seleção, e no grupo de jogadores que temos, que realmente é muito qualificado. Temos de fortalecer isso e parar de pensar nos outros, em quem é favorito ou não, porque tudo pode acontecer.

Depois da apresentação para a seleção, como será o trabalho para conter a ansiedade?

A cada dia que passa a ansiedade e a expectativa vão aumentando. Mas a gente tem que controlar, saber viver o momento, o que fazer antes de chegar em uma Copa do Mundo. Temos que aproveitar ao máximo para consolidar o grupo, aperfeiçoar tática e fisicamente, procurar retirar o máximo desse tempinho para que a gente possa chegar 100% na Copa.

É a sua primeira Copa do Mundo. Como torcedor, quais são as suas primeiras recordações sobre o torneio?

Minha primeira lembrança de futebol foi em uma Copa do Mundo. Tudo começou na Copa de 2002, eu com oito anos de idade. Era ainda um moleque, mas lembro muito bem das ruas pintadas, de fazermos festa em família, em casa ou na rua também. A gente se reunia para ver os jogos. De todas as partidas eu lembro quase perfeitamente, mas principalmente o jogo da final. Foi o melhor, quando a gente ganha da Alemanha por 2 a 0 e conquista o pentacampeonato. Foi a explosão de emoção, de alegria, em que a gente torce do fundo do coração pela nossa pátria. Foi ali que tudo começou, essa minha paixão linda pelo futebol.

A seleção brasileira recuperou prestígio a partir da campanha do ouro olímpico nos Jogos do Rio, do qual você fez parte. Daquele trabalho, quais características positivas permanecem na seleção atual?

Tudo é uma sequência de trabalho. Às vezes a gente vive um momento ruim, mas nem sempre desse momento tudo é deixado para trás. É uma sequência de trabalho, tudo vem acumulando e contribuindo para dar certo. Poucos jogadores acabam mudando de um ciclo tão próximo de um (ruim) para o outro (bom). Mas, independentemente do que esteja acontecendo, os jogadores sempre ficam com esses momentos que nos fazem bem. Temos sempre que tentar tirar o proveito de tudo, de momentos bons e ruins.

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