Por O Dia

É inegável que Marta e Cristiane são as principais estrelas da seleção feminina que disputa a Copa do Mundo na França. Ainda assim, a experiente dupla ofensiva chama a atenção pela importância em campo. Afinal, os seis gols marcados até agora pelo Brasil na competição foram delas.

A dependência da equipe do técnico Vadão de sua dupla de ouro ficou clara logo na estreia, contra a Jamaica. Sem Marta, que se recuperava de lesão na coxa esquerda, Cristiane assumiu a responsabilidade e marcou os três gols da vitória. Ainda assim, o Brasil poderia ter feito mais, desperdiçando inúmeras chances que acabaram fazendo falta no critério de desempate e resultaram no terceiro lugar no Grupo C.

Com Marta de volta, o Brasil perdeu por 3 a 2 para a Austrália, mas Cristiane balançou a rede pela quarta vez na França, e a Rainha deixou a sua marca, assim como aconteceu na vitória sobre a Itália, mesmo sem ainda estar 100% fisicamente após se recuperar de lesão muscular.

"Lógico que voltando de lesão a gente sempre tem um receio. Eu fui até onde poderia ir sem sentir nada. O cansaço físico não foi o que causou a minha saída, mas sim uma questão de pensar mais para frente. Se eu pudesse, ficaria o jogo inteiro, só que poderia correr o risco de sofrer uma nova lesão, ou sentir mais dores. Então, preferi prevenir. Estou bem e vou sempre dar o meu melhor e buscar a superação", afirmou a craque Marta.

Além da dependência de suas duas principais jogadoras, a seleção brasileira também encontra outra dificuldade na hora de balançar a rede: a falta de repertório ofensivo. Os dois gols de Marta foram de pênalti, enquanto Cristiane marcou duas vezes de cabeça, uma de falta e uma de carrinho. Ou seja, dos seis gols do Brasil nesta Copa, metade saiu de jogadas de bola parada e a outra metade, de cruzamentos para a área.

Nas oitavas de final, a seleção brasileira vai enfrentar França ou Alemanha, duas das mais fortes candidatas ao título, e, para seguir viva na Copa do Mundo, precisará demais de sua dupla de ouro, mas também terá de ajudá-las na missão de balançar a rede.

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