Max Verstappen  - AFP
Max Verstappen AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - Em uma prova monótona e sem incidentes, ao contrário do que ocorreu no Bahrein, Max Verstappen dominou de ponta a ponta e venceu o GP de Abu Dabi, a última etapa da temporada 2020 da Fórmula 1. Neste domingo, o piloto da Red Bull fez uma corrida segura e triunfou com muita tranquilidade, com 15s976 de vantagem sobre Valtteri Bottas, o segundo colocado e que ficou com o vice do campeonato pela segunda vez seguida. Em sua volta após ficar fora por conta da covid-19, Lewis Hamilton completou o pódio.
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A segunda vitória de Verstappen no ano e a décima da carreira não lhe garantiu o vice no Mundial de Pilotos. O holandês terminou a temporada em terceiro na classificação geral, com 215 pontos, atrás de Bottas, que assegurou a segunda posição com o desempenho nos Emirados Árabes. Heptacampeão, Hamilton definiu a conquista antecipadamente, no GP da Turquia. Ele igualou Michael Schumacher em número de conquistas e é o piloto com mais vitórias na categoria. Em 2020, sepultou recordes e se consolidou como um dos maiores da história.
Em Abu Dabi, o piloto britânico não repetiu o desempenho dominante das outras corridas em 2020 muito graças à sua limitação física provocada pela infecção por coronavírus. Ele admitiu que ainda não está 100% e que sente sequelas da doença, como um incômodo nos pulmões. Após a prova, o heptacampeão afirmou que se sentiu cansado na disputa, mas comemorou o fato de ter cruzado a linha de chegada.
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Companheiro de Verstappen na Red Bull, que conquistou o vice do Mundial de Construtores, o tailandês Alexander Albon fechou a disputa em quarto, seguido do britânico Lando Norris e do espanhol Carlos Sainz Jr., ambos da McLaren, na quinta e sexta colocações, respectivamente.
A Renault colocou seus pilotos na sétima e nona posições, com o australiano Daniel Ricciardo à frente do francês Esteban Ocon. Entre eles ficou o também francês Pierre Gasly, da AlphaTauri. O canadense Lance Stroll foi ultrapassado na última volta e terminou em décimo, o que lhe rendeu apenas um ponto e custou à Racing Point a perda do terceiro lugar no Mundial de Construtores para a McLaren. Sainz, porém, ainda pode ser punido por ter entrado lento demais para o pit stop.
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A Ferrari concluiu o ano de maneira melancólica, fora da zona de pontuação, com Charles Leclerc em 13º e Sebastian Vettel em 14º. O alemão tetracampeão se despediu da escuderia italiana. Em 2021, ele vai correr na Aston Martin, novo nome da Racing Point a partir do próximo ano.
Em sua segunda corrida na categoria, Pietro Fittipaldi fechou em 19º e último lugar. Ele chegou a estar à frente do companheiro Kevin Magnussen, mas fez um pit stop e ficou atrás do dinamarquês. Existe a possibilidade de o brasileiro correr na Haas em 2021, já que o russo Nikita Mazepin, contratado pela equipe americana para a próxima temporada, é acusado de assédio sexual e seu futuro é incerto. Nas redes sociais existe um abaixo-assinado que pede que a FIA impeça o piloto de competir.
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A corrida morna tem a ver com o traçado do circuito Yas Marina, que permite poucas ultrapassagens. Houve apenas um incidente neste domingo: Sergio Pérez, vencedor do GP de Sakhir no domingo passado, sofreu pane mecânica em seu carro e teve de abandonar. O mexicano se despediu da Racing Point, e provavelmente da Fórmula 1, de forma melancólica.
Finalizada a temporada mais curta e bagunçada da história da Fórmula 1 em razão da pandemia de covid-19, que alterou o calendário substancialmente, a previsão é de que o ano de 2021 seja mais tranquilo, com 23 etapas programas no cronograma e a volta do GP do Brasil. A próxima temporada será aberta no dia 21 de março, com o GP da Austrália.