Kono é a primeira autoridade política de alto escalão do país a se distanciar publicamente do primeiro ministro Yoshihide Suga, que reitera que o Japão poderá sediar Jogos "seguros", conforme planejado.
Apesar da chegada das vacinas ao Japão nos próximos meses, o apoio da população japonesa aos Jogos Olímpicos diminuiu. Uma pesquisa recente mostrou que 80% dos entrevistados acham que a Olimpíada deve ser adiada novamente ou simplesmente cancelada. O primeiro ministro está convencido de que a opinião pública mudará quando o país iniciar o seu programa de vacinação no final de fevereiro.
Nesta sexta-feira, o ministro responsável pelos Jogos, Seiko Hashimoto, anunciou que o Japão decidiu suspender uma isenção que permite que atletas estrangeiros entrem no país para treinar, mesmo em estado de emergência. Os atletas japoneses terão permissão para retornar, mas terão de passar por uma quarentena de 14 dias na volta.
"Queremos que a prioridade seja salvar vidas. Por isso, como medida preventiva para eliminar os riscos, vamos reforçar nossa primeira linha de defesa", explicou Hashimoto. "Levamos em consideração a situação infecciosa em nosso país e no exterior para reagir adequadamente", acrescentou.