"Deus me proporcionou momentos maravilhosos no Maracanã, não só como jogador, mas como torcedor. Estava no Fla-Flu de 1963, que bateu recorde de público (194.603 torcedores), assisti ao Garrincha fazer estripulias, vi o milésimo gol do Pelé... Jamais poderia imaginar que teria uma história ali dentro. Fui chamado de “jogador de Maracanã”, como se isso fosse uma coisa ruim. Quantas pessoas não gostariam de atuar no maior templo do futebol, uma vez que fosse? Feliz daqueles que têm história para contar nesse que é o maior estádio do mundo", ressalta o Galinho.
Outro que brilhou no Maracanã, Roberto foi batizado de Dinamite graças ao gol que marcou logo em sua estreia nos profissionais do Vasco, contra o Internacional, em 1974, aos 17 anos. Naquela temporada, o título do Brasileiro acabou indo para São Januário:
"O Maracanã para mim é tudo. Comecei ali e devo ao estádio até meu apelido, por causa da força do meu chute no gol que marquei. Anos depois, fiz contra o Botafogo um dos gols mais bonitos do Maracanã. E, quando voltei do Barcelona, minha reestreia também foi ali, com cinco gols em cima do Corinthians. O Maracanã sempre mexeu muito com todos, torcedores e jogadores. Só tenho a agradecer a esse estádio por tudo o que me proporcionou e parabenizar o eMuseu do Esporte por valorizar essa história".
O ponto de partida da exposição no eMuseu do Esporte – que pode ser conferida AQUI – é a construção do Maracanã, então Estádio Municipal, erguido a partir de 1948 para receber a Copa do Mundo, dois anos depois. A história, porém, começa de maneira tão triste quanto surpreendente: a virada do Uruguai naquela final, com gols de Schiaffino e Ghiggia, fez os brasileiros pensarem se valeu a pena tanto esforço. O agora setentão, porém, mostrou ao longo de décadas que sim.
No e-book sobre os 70 anos do Maracanã, os leitores vão recordar a alegria pelas classificações da seleção brasileira para os Mundiais de 70 e 94; emocionar-se com o milésimo gol de Pelé; dar adeus à genialidade de Garrincha; e sentir mais uma vez o brilho dos Jogos Olímpicos Rio-2016.
O estádio também foi palco para grandes nomes da música nacional e internacional, como Roberto Carlos, Paul McCartney, Madona, Roger Waters e Frank Sinatra. Em 1991, o bom e velho Maracanã abrigou a segunda edição do “Rock in Rio”, que recebeu mais de 700 mil pessoas em nove dias com shows de artistas como Guns N’Roses, Prince, Billy Idol, Judas Priest, George Michael e A-Ha.
"O Maracanã é o maior e mais emblemático estádio do mundo, além de ser um patrimônio do Rio de Janeiro. Em tempos de pandemia, quando muitos eventos esportivos e culturais ainda não podem ser realizados, um e-book que relembra a exposição virtual dos 70 anos do Maracanã é um presente para todos nós", elogia Leandro Alves, secretário de Esportes, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro.
Gestora do eMuseu do Esporte, Bianca Gama destaca o envolvimento de diversos profissionais, órgãos e entidades na criação da narrativa da exposição sobre o Maracanã:
"Essa é a missão do eMuseu, tornar acessível de forma virtual instalações esportivas para toda a população".
O eMuseu do Esporte tem patrocínio da Enel Distribuição Rio, em conjunto com a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Rio – por meio da Lei de Incentivo do Esporte, do Governo Estadual. A iniciativa é uma realização da startup Gama Assessoria, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), através da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Sociais e Cooperativas Sociais (ITECS).