Governador do Rio veta mudança do nome oficial do Maracanã para Rei Pelé
Estádio seguirá como 'Jornalista Mário Filho' após decisão publicada no Diário Oficial nesta quinta
Maracanã não terá mudança em seu nome oficialDivulgação
Por O Dia
O Maracanã continuará com o nome oficial de Estádio Jornalista Mário Filho. Após pressão contra o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Rio, o Diário Oficial do Estado publicou nesta quinta-feira (8) o veto do governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), contra a mudança para "Estádio Edson Arantes do Nascimento - Rei Pelé".
Um dos autores do projeto aprovado pelos deputados, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), negociou na terça-feira com o governador o veto integral após a repercussão negativa em um dos piores momentos da pandemia de covid-19 no país e no estado. Pelo acordo, o projeto voltará à Alerj, mas será "esquecido" pelos deputados.
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No dia 9 de março, a proposta de mudança de nome para homenagear Pelé foi aprovada em votação simbólica. Apenas a bancada do Psol votou contra o projeto assinado pelos deputados, além de Ceciliano: Bebeto (Podemos), Carlos Minc (PSB), Marcio Pacheco (PSC), Eurico Junior (PV), Coronel Salema (PSD) e Alexandre Knoploch (PSL).
Segundo o projeto, o estádio passaria a se chamar Edson Arantes do Nascimento - Rei Pelé, e o complexo esportivo, que inclui também o ginásio do Maracanãzinho, o Parque Aquático Júlio Delamare e o estádio de atletismo Célio de Barros, teria o nome de Mário Filho.
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Após a aprovação da mudança de nome, houve forte campanha de jornalistas e da sociedade civil pelo veto. O Ministério Público também se mostrou contra a mudança e pediu o veto do governador alegando que haveria uma violação do patrimônio imaterial do torcedor.
Mário Filho e o Maracanã Jornalista esportivo pioneiro, escritor e irmão do dramaturgo Nelson Rodrigues, Mário Filho foi um dos grandes responsáveis para a construção do Maracanã na área central da cidade. Na década de 40, havia uma forte campanha do futuro governador da Guanabara, Carlos Lacerda, para que o novo estádio para a Copa do Mundo de 1950 fosse erguido em Jacarepaguá, na zona oeste, e com capacidade menor (de 60 mil pessoas). Entretanto, prevaleceu a campanha de Mário Filho.
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Em 1966 o jornalista morreu e os deputados do então Estado da Guanabara o homenagearam com o nome do estádio que ajudou a tornar um símbolo do futebol carioca e brasileiro.