Aleksander Ceferin é o presidente da UEFAAFP

Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - A Eurocopa de 2020, que terá seu ato final neste domingo com Inglaterra x Itália, em Wembley, dificilmente terá uma nova edição com tantas sedes. O evento contou com jogos em 11 diferentes países, mas acabou desagradando o presidente da Uefa, Aleksander Seferin. Achando "injusto" com público e com as delegações, o dirigente deixou claro que não pensa em repetir tal fórmula.

"Não apoiaria mais. Eu acho que é muito desafiador e de uma forma incorreta que algumas equipes tenham que viajar mais de 10 000 km e outras 1.000 km", afirmou à BBC, Seferin. A comparação leva em consideração a Suíça, com mais de 15 mil quilômetros percorridos, diante dos mil da Escócia.
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"Não é justo para quem tem de estar em Roma (Itália) um dia e depois em Baku (Azerbaijão) poucos dias depois. É um voo de quatro horas e meia", avaliou. Os grandes deslocamentos foram desgastantes para jogadores de determinadas seleções, em detrimento a outras escaladas bem mais "inteiras."

A próxima edição deve voltar aos moldes anteriores, com no máximo três países sedes. Em 2020, mas disputada em 2021, a atual competição foi montada em caráter excepcional por causa da pandemia de covid-19. Mesmo criada para evitar longas viagens e para proteger jogadores, acabou "punindo" algumas delegações, como a suíça, por exemplo.

"Foi um formato que já estava decidido antes de eu chegar e respeito. É uma ideia interessante, mas é tão difícil de implementar que penso que não vamos repetir", afirmou. Foram 11 sedes: Londres, Glasgow, Amsterdam, Copenhague, São Petersburgo, Sevilla, Munique, Baku, Roma, Bucareste e Budapeste.

"Tivemos de viajar muito, para países com jurisdições diferentes, moedas diferentes, países da União Europeia e países fora da União Europeia, portanto não foi fácil."