Esteban OconAFP

Hungria - O GP da Hungria, a 11.ª etapa da temporada 2021 da Fórmula 1, foi neste domingo mais um daqueles para entrar para a história. Primeiro por produzir um vencedor inédito: o francês Esteban Ocon, da Alpine. Ele se beneficiou do grande acidente do início da corrida com vários carros se acidentando logo após a largada, depois do finlandês Valtteri Bottas acertar Lando Norris e Max Verstappen. Com o impacto, o inglês da McLaren também acertou o mexicano Sergio Pérez, da Red Bull. Sobrou também para o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari.
Publicidade
O inglês Lewis Hamilton, que saiu ileso do "strike" provocado por Bottas, foi vítima da estratégia da Mercedes na relargada, quando todo o restante do grid parou para colocar pneus de pista seca, enquanto que o heptacampeão mundial mantinha os intermediários e ficou sozinho no grid. Com isso, foi para a última posição, mas conseguiu o terceiro lugar. O alemão Sebastian Vettel, da Aston Martin, foi o segundo colocado e Verstappen, o 10.º.

No final de tudo isso, Hamilton conseguiu reassumir a liderança do Mundial de Pilotos. Começou oito pontos atrás e agora tem seis a mais (192 a 186). Nos Construtores, a Mercedes tem 300 pontos, 10 a mais que a rival Red Bull. Até a Williams conseguiu pontuar. O canadense Nicolas Lattifi foi o oitavo colocado e o inglês George Russell, o nono.

A Fórmula 1 encara agora uma pausa para as férias de verão até a 12.ª etapa da temporada, que será o GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps, no próximo dia 29.

A corrida começou com a pista molhada por causa da chuva que caiu pouco antes. Pole, Hamilton largou bem, assim como as duas Red Bulls. Bottas começou mal e foi superado por Norris, que também teve uma boa largada. Os problemas começaram a aparecer na primeira curva. O finlandês não conseguiu frear direito e acertou a traseira de Norris, iniciando um verdadeiro "strike".

Acertado por trás, Norris bateu em Verstappen. No mesmo instante, Bottas, sem controle de sua Mercedes, ainda bateu na outra Red Bull, a de Sergio Pérez. No meio da confusão, Stroll não conseguiu frear e evitar qualquer choque, batendo em Leclerc, que acertou Ricciardo.

O saldo de todo esse lance de lance de boliche foi o abandono de cinco pilotos: Bottas, Leclerc, Pérez, Stroll e Norris. Hamilton se manteve em primeiro, sem qualquer prejuízo em seu carro, e Verstappen teve o assoalho no lado direito amassado, mas sem precisar desistir da prova.

Com destroços de carros pela pista, a direção decidiu pela bandeira vermelha e todos foram para os boxes. Os mecânicos da Red Bull conseguiram mexer no carro de Verstappen, que a esta altura estava em 13.º lugar e pouco conseguiu, nas primeiras voltas, fazer para tentar ao menos ficar entre os 10 primeiros colocados e somar algum ponto. No final ainda obteve um com a 10 ª posição.

Cerca de 15 minutos depois, uma nova largada foi autorizada. Como todos pilotos estavam com pneus intermediários e a pista já tinha secado, 14 dos 15 que ainda estavam na prova resolveram entrar nos boxes para trocar o composto para médio. Uma enorme fila se formou na saída do pit-lane e apenas Hamilton resolveu ficar na pista, causando uma cena inusitada e histórica: uma largada de um piloto só.

No entanto, a estratégia da Mercedes foi equivocada. Uma volta depois, Hamilton teve que ir para os boxes fazer o mesmo que os outros haviam feito. Trocou os pneus para pista seca e caiu para a 14.ª posição. A liderança ficou para Ocon. A partir daí, sem confusão, a corrida transcorreu normalmente com destaque para a regularidade do francês, que se manteve em primeiro lugar ao segurar, em alguns momentos, Vettel.

Um grande destaque foi Alonso, que mostrou toda a sua experiência para não permitir uma ultrapassagem de Hamilton por várias voltas, quando já ocupava a quarta posição, mas cometeu um pequeno erro a cinco do final, permitindo que o inglês passasse. No giro seguinte, superou também Sainz e conseguiu um lugar no pódio para fechar a corrida como líder do campeonato.