Salum Ageze KashafaliDivulgação/AFP
Refugiado se emociona após título e recorde nos 100m nas Paralimpíadas: 'Pedia esmola na rua'
Natural do Congo, atleta representou a Noruega nos Jogos de Tóquio 2020
Tóquio - O norueguês Salum Ageze Kashafali deixou sua marca nos Jogos Oaralímpicos. Com a brilhante marca de 10s43 na final da categoria T12 (baixa visão), o atleta registou a melhor marca da história da categoria e emocionou com sua trajetória de vida.
Kashafali fugiu da República Democrática do Congo junto com sua família quando ainda era criança em meio a guerra civil. Eles fizeram da Noruega seu novo lar, mas tiveram uma caminhada bem complicada ao longo dos anos.
"Não sei o que dizer, cara (começa a chorar). Eu vim do nada. Eu pedia esmola nas ruas. Eu acreditei. Me mudei para a Noruega como refugiado. Passei por tanta coisa, de tiros à fome, e estar aqui como um dos melhores significa muito para mim. Valeu a pena. Fui de zero a alguma coisa. Tudo é possível. Estou muito feliz em ser um dos atletas paralímpicos mais velozes da história", disse Kashafali.
O melhor tempo do atletismo na história dos atletas paralímpicos segue sendo o do brasileiro Petrúcio Ferreira, com seus 10s42 na final do Mundial de 2019, na classe T47.
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