Partida entre Brasil e Argentina foi suspensaAFP

Rio - A Anvisa revelou por meio de um documento oficial que um membro da delegação argentina, Fernando Ariel Batista, foi o responsável por falsificar informações de quatro jogadores argentinos. Os atletas haviam passado pelo Reino Unido, portanto deveriam cumprir quarentena ao chegar no Brasil, mas essa informação não consta nas declarações sanitárias preenchidas pelo funcionário. As informações são do site "G1.com"
No último domingo, agentes da Polícia Federal e da Anvisa entraram em campo e interromperam a partida entre Brasil e Argentina na Neo Química Arena, em São Paulo, para remover os quatros jogadores envolvidos no descumprimento da quarentena: Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso.
Os atletas foram notificados de que deveriam deixar o país, entretanto, eles não serão investigados. A partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo foi suspensa pela Conmebol.
Segundo o documento, a investigação começou através de um "rumor" que quatro atletas argentinos, não identificados, teriam entrado no Brasil sem cumprir as restrições sanitárias. Com a confirmação do rumor, a agência revela o nome do responsável pela falsificação. "Informamos ainda que todas as declarações foram preenchidas por uma única pessoa - Senhor Fernando Ariel Batista - Associação de Futebol Argentina – AFA".
Posteriormente, a Anvisa entrou em contato com as autoridades sanitárias do estado de São Paulo e logo após, a CBF foi informada sobre a situação: "Às 10 horas do dia 4 de setembro (sábado), a equipe da vigilância epidemiológica e a Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo reuniram-se com a equipe da CBF para informar o ocorrido e realizar a devida articulação com os responsáveis pela partida, a Conmebol", diz o documento.
Ainda de segundo Agência, a CBF enviou a informação à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e à delegação argentina. "O chefe de equipe da seleção argentina, assim como membros da Conmebol e CBF foram notificados sobre a ocorrência, tendo recebido a orientação de que os 4 jogares em questão deveriam permanecer nos seus referidos quartos, não podendo participar do treino na Arena Neo Química, previsto para as 18h30 de sábado."
Como o problema ainda não havia sido solucionado, a vigilância em saúde do estado de São Paulo pediu reunião para as 17h de sábado. Na reunião estavam presentes: autoridades, a equipe técnica do Ministério da Saúde, o Ministro da Saúde em exercício, além da equipe técnica da Vigilância Epidemiológica e Sanitária e a Coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Além deles, os representantes da Conmebol, CBF e Delegação da Argentina participaram como ouvintes.
Por fim, a Conmebol e a delegação da Argentina foram instruídos a fazer um pedido formal de excepcionalidade afim de que os jogadores fossem liberados para treinar no sábado e jogar no domingo. Entretanto, o pedido não foi realizado e o resultado foi a confusão vista no campo.