Felipe AndreoliReprodução

Rio - O apresentador Felipe Andreoli se manifestou sobre falas preconceituosas que teve no passado, resgatadas por internautas nesta sexta-feira após ele detonar o jogador de vôlei Maurício Souza, demitido do Minas após fazer um comentário homofóbico. O jornalista classificou suas próprias palavras como "absurdas", mas ressaltou que mudou seu pensamento ao longo dos anos.
"Sim, o print é eterno. Coisas que foram ao ar, coisa que escrevi e falei estão documentadas. Absurdos. O que era considerado piada, hoje sabemos que mata. E por isso é crime. O mundo mudou, longe de ser suficiente. Mas tenho orgulho de ter aprendido, estudado a ponto de poder lutar e combater no lado certo. O Andreoli de 2021 é muito diferente do de 2010. Eu quero aprender, o tempo todo. Cada vez mais. Eu tô aqui pra mudar e pra mostrar que faz parte da construção do ser humano", escreveu.
"Os prints do passado, o meu vídeo de ontem e os registros do Andreoli de amanhã guardarei pra mostrar pros meus filhos, sobre o meu caminho humano, sobre o processo histórico que vivemos. E seguirei atento para ser um agente ativo no caminho de uma sociedade de liberdade e respeito", completou.
Durante o "Globo Esporte" da última quinta-feira, Andreoli viralizou nas redes sociais ao fazer críticas à postura do Maurício mesmo após sua demissão.
"Homofobia não é opinião, é crime. Mata. Você fez essa ofensa nas redes sociais que você tem mais de 300 mil seguidores e depois vai pedir desculpas em uma que você tem 50? Atitude covarde. Outra coisa: essa questão não é política. Você não foi demitido porque é conservador, cristão ou de direita, nem por culpa da lactação na internet. Você foi demitido porque foi homofóbico e pelo jeito não se arrependeu. Homofobia é crime", disse o jornalista.