Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB, é condenado a 30 anos de prisão
Sentença foi definida nesta quinta-feira (25). Ex-dirigente, que tem o direito de recorrer em liberdade, é suspeito de participar de esquema de compra de votos na Rio-2016
Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico - Lucas Figueiredo / MoWA Press
Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê OlímpicoLucas Figueiredo / MoWA Press
Rio - Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), foi condenado a 30 anos de 11 meses de prisão. A sentença determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara federal criminal do Rio de Janeiro, incluiu punições pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Nuzman estava na mira da operação Unfair Play, que investigada compra de votos para que o Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. O ex-dirigente tem o direito de recorrer da sentença em liberdade.
Além do ex-diretor do COB, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e Leonardo Gryner, que era diretor de operações do Comitê Rio-2016, também foram condenados na operação. Cabral recebeu pena de 10 anos e 8 meses. Gryner, por sua vez, foi condenado a 13 anos e 10 meses.
O jornal "Le Monde" denunciou em março de 2017 que dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) tinham recebido propina três dias antes da escolha do Rio como sede da Olimpíada. Presidente do COB durante 22 anos, Nuzman, é suspeito de intermediar a compra dos votos dos integrantes do COI. O esquema contou com a participação do ex-governador Sérgio Cabral Filho.
Carlos Arthur Nuzman chegou a ser detido em 2017 por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Mais tarde, deixou a cadeia e vinha cumprindo prisão domiciliar.
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