Noël Le GraëtFRANCK FIFE / AFP

Após renunciar ao cargo de presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noel Le Graet rechaçou as acusações de assédio sexual. Em entrevista ao jornal francês "L'Équipe", o ex-mandatário ressaltou que não assediou ninguém e que irá esperar os resultados das investigações. 
"Eu contesto isso totalmente. Nunca assediei ninguém, nem moral nem sexualmente. Fiquei surpreso com toda essa intriga. Não sei quem está por trás, mas vou descobrir eventualmente. Não fiz nada de errado e estou aguardando para ver as consequências com meus advogados", disse. 
Noel Le Graet foi presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF) por 12 anos. Em janeiro, a lista de acusações sobre o ex-mandatário aumentou com a declaração da agente Sonia Souid, que revelou que teve um encontro "humilhante" no apartamento do dirigente, em Paris. 
"Ela mesma diz que não teve qualquer agressão. Eu a convidei para minha casa em Paris por razões profissionais. Costumo receber colaboradores neste apartamento para falar sobre trabalho. Ela aceitou vir e pôde sair quando queria. Jamais a agredi. Percebemos que é um golpe plantado", afirmou. 
O ex-mandatário foi afastado do cargo no dia 11 de janeiro. Além das acusações de assédio, Noel Le Graet estava recebendo críticas do ex-jogador e técnico Zinedine Zidane, e sendo investigado por uma auditoria interna conduzida pelo Executivo e pelo Ministério do Esporte da França. 
O advogado de Le Graet, Thierry Marembert, entrou com uma ação contra a ministra do Esporte da França, Oudéa-Castéra, por difamação. Um relatório da Inspeção Geral de Educação, Esporte e Investigação (IGESR) apontou que o comportamento do dirigente era "incompatível com o exercício de suas funções", além de "opiniões públicas fora de lugar" e "comportamento inapropriado em relação às mulheres".