Familiares e amigos compareceram ao enterro de Walewska, em cemitério em Belo HorizonteReprodução de vídeo/TV Globo

Em uma cerimônia reservada a familiares e amigos, Walewska Oliveira, de 43 anos, foi enterrada na manhã deste sábado (23) no cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte (MG). A campeã olímpica de vôlei em Pequim-2008 morreu na quinta-feira (21), em São Paulo, ao cair do 17º andar do prédio onde morava.
A ausência no enterro foi a do marido de Walewska, Ricardo Alexandre Mendes. Em depoimento à polícia de São Paulo, ele relatou que o casal vivia uma crise de relacionamento nos últimos anos e ele pediu o divórcio, segundo informações do site 'Uol'. Eles estavam casados há 20 anos.
O sepultamento da ex-jogadora de vôlei começou às 6h e o enterro foi às 10h. Entre os presentes estiveram a líbero do Praia Clube Suelen, o ex-levantador da seleção brasileira Maurício Lima, o ex-jogador e hoje técnico Anderson Oliveira, e a diretora de vôlei do Minas Tênis Clube, Keyla Monadjemi.
A polícia investiga o caso e, num primeiro momento, considera que houve suicídio. De acordo com as investigações iniciais, Walewska estava sozinha na área de lazer do condomínio, que fica no 17º andar e que só pode ser acessado por biometria facial. As câmeras de segurança registraram a ex-jogadora no local às 16h50.
Segundo o Boletim de Ocorrências (B.O.), Walewska caiu às 18h09 (de Brasília), na sacada do primeiro andar. Uma unidade de resgate chegou a ir ao local tentar reanimar a vítima, mas foi constatado o óbito. O 78º Distrito Policial, localizado no bairro dos Jardins, Zona Oeste da capital, investiga o caso.

Centro de Valorização da Vida

Pelo telefone 188, o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email ou chat 24h, todos os dias (inclusive feriados).

Carreira vitoriosa de Walewska

Walewska iniciou sua carreira no vôlei em 1995, atuando pelo Minas, clube que defendeu até 1998. Em 2014, voltou ao clube que o revelou e permaneceu por lá até o ano seguinte. Também teve passagens pelo Rexona/Ades, São Caetano, Sirio Perugia da Itália, Murcia da Espanha, Zarechie da Rússia, Vôlei Futuro, Vôlei Amil, Minas, Osasco e Praia Clube, onde encerrou a carreira no ano passado.
Ao longo da carreira, Walewska conquistou diversos títulos. A meio-de-rede foi cinco vezes campeã da Superliga (1999-2000, 2017-18, 1999-2000, 2017-18, 2020-21), três da Copa Brasil (2018, 2020 e 2021), três da Supercopa (2019, 2020 e 2021), três do Campeonato Paulista (2018, 2019 e 2021) e duas do Campeonato Mineiro (2017 e 2020).
Na seleção brasileira, a trajetória de Walewska teve início em 1999, quando ela foi convocada por Bernardinho. Além do ouro olímpico em Pequim, em 2008, também ficou com o bronze nos Jogos de Sydney, em 2000, o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, e conquistou três vezes o título do Grand Prix de Vôlei: 2004, 2006 e 2008, sendo eleita a melhor bloqueadora do torneio na última conquista.