Tenista sérvio Novak Djokovic é o líder do ranking da ATPCOREY SIPKIN / AFP

Apesar de ser o líder do ranking da ATP e continuar como um dos melhores tenistas do mundo, Novak Djokovic não descarta se aposentar. Aos 36 anos, o sérvio admite pensar sobre o assunto e revela que a distância de seus dois filhos é um dos motivos que faz com que ele considere a possibilidade de se aposentar.
"Para ser honesto, estou dividido. Sempre há uma parte de mim que é um garoto que simplesmente adora tênis e só entende de tênis, e esse garoto quer seguir adiante. Mas, por outro lado, sou pai de duas crianças, estou longe da minha família, e cada vez que viajo por um período prologando me parte o coração. Estou sempre pensando em quanto tempo deveria jogar. Vale a pena? ", disse Djokovic, ao "Sport Klub".
O sérvio está se preparando para o Australian Open e também para a Olimpíada de Paris, que podem ser os últimos Jogos Olímpicos que ele disputará. Apesar de estar se recuperando de uma lesão no punho, Djokovic afirmou estar "com fome" de competição. Entretanto, o tenista deixou seu futuro em aberto.
"Ainda tenho fome, ainda quero competir, mas é um aspecto mais emocional. Qual é a prioridade? O tênis é minha prioridade há 30 anos, e não quero perder muitos momentos com os meus filhos", afirmou o tenista.
"Depois (da Austrália)? Realmente não sei. Normalmente sei aonde quero ir, os objetivos... Sei que os objetivos são sempre os Grand Slams e os Jogos Olímpicos, mas, além disso, não tenho ideia de quais outros torneios vou jogar", concluiu.
Djokovic é o tenista masculino com mais vitórias de Grand Slams na carreira, com 23. Além disso, o sérvio é o maior vencedor da história do Australian Open, com 10 títulos, e ainda conta com 7 conquistas em Wimbledon, 3 do US Open e de Roland-Garros.