Pia Sundhage deixou a seleção brasileira feminina após a Copa do Mundo de 2023, em agostoAFP

Rio - Demitida da seleção brasileira no fim de agosto, a técnica Pia Sundhage revelou ter ficado magoada com a forma como seu desligamento foi conduzido. Em entrevista ao "ge", ele preferiu não dar maiores detalhes sobre o que lhe foi dito, mas afirmou ter ficado triste com a situação.
"Sabe, para mostrar respeito sobre essa conversa. Sabe, você não está vencendo, você não vai continuar. Não foi o que foi dito naquela sala. Foi cruel. Três pessoas e o presidente. Para mostrar respeito por essa pequena reunião eu não vou revelar o que foi dito. Eu sinto muito e fico triste que aconteceu", contou Pia.
A treinadora tinha contrato até agosto deste ano e estava disposto a seguir no cargo, mesmo após fracassar na Copa do Mundo do ano passado. No entanto, a CBF optou pela saída.
“Eu estava determinada a continuar e cumprir meu contrato e até as Olimpíadas (de Paris). Primeiro de tudo porque foi uma jornada fantástica. Aprendi muitas coisas em uma cultura diferente, com diferentes jogadoras. Claro que foi devastador que não marcamos gols (contra a Jamaica). Gostaria de ter continuado para provar que esse time é muito melhor quando se fala de resultados, deveriam vencer a Copa do Mundo”, afirmou a sueca.
“Continuar a analisar a Copa do Mundo porque estávamos tentando preparar para as Olimpíadas, o que precisávamos fazer e colocar mais horas (treinos) no ataque. Como você sabe, tive um encontro com o presidente (da CBF, Ednaldo Rodrigues) e ele só me demitiu”, completou.
Com a saída de Pia, a CBF escolheu Arthur Elias para assumir a seleção brasileira feminina. Já a sueca acertou com a seleção da Suíça na última terça-feira (16).