Daniel AlvesAFP

Rio - No primeiro dia de julgamento do lateral-direito Daniel Alves, duas mulheres afirmaram que o brasileiro teria as apalpado durante a mesma noite em que o ex-jogador do Barcelona teria estuprado uma jovem no banheiro de uma boate, em Barcelona, no fim de 2022. As informações são do "Metropoles".
As mulheres são uma prima e uma amiga da suposta vítima. Elas prestaram depoimento na última segunda-feira em Barcelona. Além disso, ambas confirmaram o relato de que Daniel Alves teria as convidado para a área VIP da boate Sutton, onde ele estava com um amigo.
O fato teria acontecido momentos antes de Daniel levar a mulher, que o acusa de estupro ao banheiro da boate. Ambas também confirmaram que o brasileiro teria apresentando um comportamento agressivo naquela noite.
RELEMBRE O CASO

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que, por muitos anos, defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.

Após nova mudança de direção, a defesa de Daniel Alves vai alegar, durante o julgamento, que o jogador estava bêbado na noite em que foi acusado do abuso. De acordo com El Periódico, esta nova versão dos fatos, a quinta apresentada pelos advogados, tem a intenção de atenuar a pena do jogador brasileiro, pois o colocaria como "uma pessoa sem conhecimentos de suas ações" em razão dos efeitos do álcool.