Acuña foi mais um a ser alvo de racismo na EspanhaReprodução / X

Espanha - Mais casos de racismo contra jogadores foram registrados na Espanha, neste sábado (30). Na terceira divisão do país, durante a partida entre El Sestao River e Rayo Majadahonda, o goleiro Sarr, do Rayo Majadahonda, foi alvo de injúria racial por parte de torcedores na arquibancada e, ao ouvir, foi confrontar os autores dos insultos.
A partida foi paralizada aos 45 minutos do segundo tempo e Sarr acabou sendo expulso pelo árbitro da partida pela briga com os torcedores. Em protesto, seus companheiros de time decidiram abandonar o campo e não voltar mais. 
Após a decisão de suspender a partida ser divulgada oficialmente, o Rayo Majadahonda soltou um comunicado oficial dizendo que "Nossa equipe não voltará ao campo para continuar um jogo após receber insultos racistas inadmissíveis ao nosso jogador. Condenamos todo tipo de ofensa racista no esporte."
Insultos racistas a argentino na primeira divisão
O jogador argentino Marcos Acuña também foi alvo de insultos racistas por um grupo de torcedores do Getafe, durante partida pelo Campeonato Espanhol, neste sábado (30), que terminou com vitória do Sevilha, time de Acuña, por 1 a 0.
O lateral-esquerdo alertou o árbitro da partida, Javier Iglesias Villanueva, e um dos assistentes, que rapidamente acionaram o protocolo para casos de injúria racial. O duelo foi paralisado aos 23 minutos do segundo tempo, tendo sido terrompido por cerca de dois minutos e meio. Um aviso foi feito no sistema de som do Coliseum Alfonso Pérez, estádio do Getafe, e logo depois não houve mais relatos de ofensas proferidas ao jogador. 
O capitão da equipe e autor do gol da vitória do Sevilha, Sérgio Ramos, repudiou os atos dos torcedores com seu companheiro de equipe e declarou que os jogadores vem perdendo respeito no futebol.
"Temos pedido respeito no futebol, e que as pessoas não venham aos jogos achando que podem fazer o que quiserem e falar idiotices. É preciso identificá-los e proibir a sua entrada. Esse esporte deveria unir, e não separar. Essas pessoas não pertencem ao futebol.", disse Ramos.
O capitão do Getafe, Djené Dakonam, também se solidarizou a Acuña.
"Nós ouvimos os gritos. Isso tem que acabar, não é possível. Somos contra qualquer insulto racista."
Nas redes sociais, o perfil oficial do Sevilha condenou os acontecimentos e revelou que, além de Acuña, membros da comissão técnica também foram alvos de insultos racistas. A La Liga, organizadora do Campeonato Espanhol, revelou que que "condena firmemente qualquer gesto de racismo e continuará a trabalhar até que estes comportamentos intoleráveis sejam erradicados do nosso esporte".