Bremer, zagueiro da Juventus e da seleção brasileiraRafael Ribeiro/CBF

EUA - Apesar de estar vivendo suas primeiras experiências com a Seleção, Bremer já vai para a segunda competição oficial e projeta espaço ao longo do tempo. O zagueiro, referência no futebol italiano nas últimas temporadas, sabe que ainda precisa conquistar o prestígio no elenco comandado por Dorival Júnior e manteve os pés no chão em meio à preparação visando a Copa América. 
Nesta quarta-feira (5), em Orlando, o jogador da Juventus concedeu entrevista coletiva e foi muito sincero. Para ele, apesar de garantir o foco e se sentir pronto, o setor, no momento, tem peças de maior peso.
"Venho trabalhando para isso desde quando cheguei na Juventus há dois anos, acho sim que estou preparado para essa oportunidade. Acho que não vou partir como titular, mas estarei preparado", disse. 
A posição conta atualmente com Marquinhos, do PSG, e Gabriel Magalhães, do Arsenal, como favoritos à titularidade no amistoso com o México, neste sábado (8), no Texas. Isso não desanima Bremer, que valoriza a oportunidade da convocação pensando no ciclo.
"Eu tenho pouco tempo na Seleção, quero contribuir seja nos treinos ou nos jogos e fazer minha história na Seleção, todo mundo que vem para cá quer mostrar seu valor e eu não sou diferente."
Esta foi a sétima convocação de Bremer para a seleção brasileira, e Dorival Júnior é o quarto técnico desde a primeira chamada da CBF - o zagueiro trabalhou com Tite, Ramon Menezes e Fernando Diniz. Ele, que entrou em campo duas vezes na Copa do Mundo do Catar, em 2022, na derrota por 1 a 0 para Camarões e na vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, pelas oitavas de final, enxerga duelo saudável no elenco por uma vaga.
"A zaga é uma das posições mais difíceis, todos os jogadores estão em grande clube, Premier League, Real Madrid, Juventus. Vai ser uma briga sadia, quem o professor optar para ser titular vai servir bem a Seleção. São grandes zagueiros, em grandes clubes."

Veja outras respostas de Bremer:

Liderança 
"Estamos criando um novo ciclo. O Bruno Guimarães, o próprio Lucas Paquetá está crescendo nessa função, tem cinco ou seis anos na Seleção. Isso vem no dia a dia. São esses jogadores que estão crescendo bastante, estamos querendo fazer uma nova história na Seleção."
Parte tática
"Com Tite, peguei o final do ciclo, mas vi bastante, ele trabalhava a fase defensiva. Se for ver os jogos dele, ganhava sem tomar gols ou tomando poucos gols. Se tivesse que comparar, ele seria mais um treinador italiano. O Dorival começou a pouco tempo, os laterais apoiam bastante, é mais solto. Joga e precisa que os laterais sejam ofensivos, um pouco diferente do Tite. São propostas diferentes, mas o objetivo é ser campeão."