Após suposto veto a cabelo rosa, CBF diz que jogadores têm autonomia sobre sua aparência
Lateral Yan Couto afirmou que mudou seu visual a pedido da entidade
Aos 21 anos, Yan Couto foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira principal e fez sua estreia diante da Venezuela, quinta - Vitor Silva / CBF
Aos 21 anos, Yan Couto foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira principal e fez sua estreia diante da Venezuela, quintaVitor Silva / CBF
Rio - A CBF emitiu nota oficial na tarde desta sexta (14), após Yan Couto afirmar na última quinta (13) que recebeu um pedido para não usar cabelo rosa enquanto estiver na Seleção. No comunicado, que não cita o lateral e sua mudança de visual, a entidade reafirmou seu "compromisso com o direito à autoexpressão e que cada jogador tem autonomia sobre sua própria aparência."
A entrevista de Yan Couto à jornalista Yara Fantoni gerou polêmica nas redes sociais. O lateral revelou que acatou o pedido e mudou seu visual a partir dos jogos contra Inglaterra e Espanha, em março. Ele também se apresentou ao Brasil para a disputa da Copa América com o cabelo preto.
Após a fala do jogador, uma lista de orientações a serem seguidas no Brasil foi divulgada pelo "Uol", onde a ideia da CBF é "limpar a imagem" da Seleção e dar mais seriedade.
Confira a nota oficial da CBF
"A CBF reafirma seu compromisso com a liberdade, a pluralidade, o direito à autoexpressão e livre construção da personalidade de cada indivíduo que trabalhe na entidade ou defenda a Seleção Brasileira. Para a entidade, o desempenho do colaborador fala por si só.
O compromisso da CBF é com o bom futebol e as melhores práticas de gestão. Cada colaborador ou atleta deve ter autonomia sobre sua própria aparência, credo, orientação sexual, expressão de gênero.
Desde o início da atual gestão, a CBF tem como uma das prioridades a luta contra o racismo e qualquer tipo de preconceito no futebol. A entidade é parceria do Observatório da Discriminação Racial no Futebol e do coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, e está sempre aberta a novas iniciativas para que o futebol brasileiro se torne um espaço mais inclusivo e livre de preconceito."
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