Douglas Luiz foi titular no amistoso contra o México, no último sábado (8)Rafael Ribeiro / CBF

Rio - Um dos destaques na última temporada do futebol europeu pelo Aston Villa, da Inglaterra, Douglas Luiz vem sendo presença assídua nas convocações da Seleção. Prestes a disputar sua primeira competição com a Amarelinha, o volante demonstrou ansiedade para a Copa América e o início de uma nova era no Brasil. 
"Não é questão de responsabilidade e pressão, toda convocação é uma responsabilidade grande vestir a camisa da Seleção. Em questão de responsabilidade, não, mas em questão de querer vencer, entrar para a história, é um algo a mais, você querer vencer e entrar para a história. Com certeza a gente está muito animado para começar essa Copa América, é o começo de uma nova trajetória, um novo treinador, um novo grupo, queremos entrar para a história", disse Douglas Luiz. 
Apesar de ainda estar invicto com Dorival Júnior - duas vitórias e dois empates -, o Brasil vem demonstrando fragilidades defensivas nos amistosos, algo que ficou muito evidente nos duelos com o México e com os Estados Unidos. O camisa 18 pregou maior cobrança para melhorar a defesa brasileira.
"Não é normal tomar tantos gols assim, a gente que joga mais na parte defensiva tem que se cobrar mais, sabemos a qualidade que a gente tem no ataque. Temos confiança que gol a gente vai marcar, então temos que melhorar defensivamente, assim vai nos ajudar a criar um resultado mais largo e sair com a vitória mais fácil", ponderou.

Confira outras respostas de Douglas Luiz

Relação com João Gomes
"A relação é muito boa. Conheço o João de muito tempo, desde a época da base, a gente tem o mesmo empresário. Ele é vizinho meu, ele é do Piscinão de Ramos e eu da Nova Holanda. Fico feliz de estar com ele na Seleção, desde menorzinho ele ia para o Flamengo e eu ia para o Vasco. É um cara por quem eu torço muito, tem bom coração, é um cara excelente".
Disputa no time titular
"Eu mesmo tive uma conversa com o João após o jogo, falei que é uma disputa sadia, ele tem que levantar a cabeça, não vejo como um jogo abaixo, é mais o que o jogo pedia, eu tenho mais saída de bola, o Dorival precisava mais de alguém que tocava a bola do que alguém que pressionava. O Dorival tomou a decisão dele, de acordo com o jogo foi uma decisão boa, entrei, tentei dar o meu melhor, não saímos com o resultado que esperávamos. Falei para o João levantar a cabeça, como disse o Dorival não tem nada decidido, é uma disputa sadia, somos muito amigos e estamos torcendo um pelo outro".
Esquema tático
"O Dorival sempre chama a gente para conversar, esse começo de ciclo está sendo muito bom, tem muita comunicação, o Dorival é o treinador e decide, ele pergunta onde a gente se sente melhor. Essa rotação é normal, às vezes tem volante mais fixo, outra hora não, vai muito do que o jogo pede. O Dorival está fazendo um grande trabalho, sabe a necessidade de um volante mais fixo ou não, depende do que os jogos vão exigir".
Yan Couto
"Na verdade, eu particularmente nunca tive restrição nenhuma. Cada jogador tem o direito de se expressar, tomar a atitude que quer, a seleção sempre me respeitou, eu mesmo tenho cabelo branco, duas vezes na semana a gente tem um barbeiro que vem aqui, uns fazem tranças, outros pintam o cabelo. Nunca teve esse tipo de restrição. Agora falo por mim: é mais questão de proteger o Yan, hoje em dia a gente tem essa questão de procurar o mínimo detalhe para botar a culpa no jogador. Acho que foi bom para ele ter tranquilidade, entrar em campo tranquilo".