Militão volta após grave lesãoRafael Ribeiro / CBF

Estados Unidos - De volta à Seleção após quase um ano fora devido a uma lesão no joelho esquerdo em agosto de 2023, Éder Militão celebrou seu retorno para a disputa da Copa América. O zagueiro do Real Madrid revelou que a competição foi seu principal foco enquanto se recuperava. 
"Tive apoio da minha família e de companheiros para dar a volta por cima. Principalmente o carinho do Jaime (Moreno) do Real Madrid me deu muito suporte, passamos muito tempo juntos no início. Falei para ele que meu pensamento era voltar para ajudar na Copa América, era uma competição que queria estar e fazer parte desse grupo. Fiquei fora de convocações do Diniz, do Dorival, mas dei a volta por cima e estou aqui", disse Militão. 
O retorno do zagueiro à seleção brasileira proporcionou o primeiro contato com Endrick. Os dois irão se tornar companheiros de equipe, já que o atacante vai se apresentar ao Real Madrid após o final da Copa América. Militão elogiou o camisa 9 e ressaltou a boa relação que tem com ele. 
"Muito boa a relação. Quando cheguei também ia no meio (no bobinho), uma coisa que já vem da seleção. Carinho que tenho pelo Endrick também é um menino muito iluminado, pessoa querida por todos. A nossa resenha ali é levar a alegria do brasileiro, temos um vestiário alegre, cheio de jovens, mas também quando entramos em campo sabemos da responsabilidade que temos. Sempre mantemos nossa alegria e não deixamos acabar isso. É a nossa marca", disse.
A concorrência na zaga da equipe de Dorival Júnior promete ser forte. Além de Militão, jogadores como Bremer, Beraldo, Gabriel Magalhães e Marquinhos serão opções para o treinador durante a competição. A disputa, entretanto, é vista como algo sadio para o jogador do Real Madrid.
"Fico feliz de estar dando sequência na seleção. Tem outros jogadores durante todo esse tempo que fiquei fora vieram o Beraldo, Bremer, Fabrício Bruno… É muito bom ter bastante concorrência", ponderou.

Veja outras respostas de Éder Militão

Jogar como lateral-esquerdo
"Foi uma coisa que na Copa nem eu mesmo esperava jogar de lateral. Nem pensava. Mas como eu já vinha fazendo esse papel no São Paulo, acabei fazendo um pouco no Porto e no Real fiz dois jogos. Perto da Copa eu estava mais adaptado, mas durante esse tempo só venho jogando de zagueiro e não teve papo de jogar de lateral. Tem Yan, tem Danilo, que exercem essa função. Mas se precisar estarei disponível."
Copa América
"Foi um dos meus primeiros anos, eu fico feliz de ter uma Copa América. Manter nossa união, todo esse tempo que estou aqui. Nossa alegria, o conjunto que temos nesse tempo mesmo com saída e entrada de jogadores segue a mesma alegria. É levar isso para dentro de campo. Copa América é detalhe. Levar essa garra e alegria para dentro de campo."
Superstição 
"Não tenho muito. A preparação pro jogo acaba sendo muito leve, tranquila, escutar uma música antes da preleção, no caminho do jogo. Acabamos batendo uma bola no vestiário, mas nada de superstição."
Recuperação da lesão
"Foram momentos difíceis porque você está acostumado a ter uma rotina de acordar cedo, estar com os companheiros, fazer o que gosta e de repente vem uma das piores lesões que se poder ter. Acaba ficando sete meses parado fora dos campos. Nos primeiros meses depender 100% de ajuda é uma coisa muito difícil, o mental tem que estar muito forte. São coisas que a gente fica se perguntando o porquê de acontecer com você. Você está em seu melhor momento e acaba tendo uma infelicidade dessa."
Bola de Ouro
"Bola de ouro, sem dúvida, é o Vini."
Calor
"Específico durante esse calor… É o clima mesmo, é daqui, não tem o que fazer. É cuidar da hidratação. Muitas pessoas sofrem também, jogam em outra temperatura e vem pra cá. Temos que nos adaptar o mais rapidamente possível porque temos uma competição e vai ser um desgaste para todos."