John Textor é o acionista majoritário da SAF do BotafogoLeonardo Bessa / Agência O Dia
John Textor quer sessão privada com o STJD para apresentar provas de manipulação
O empresário também revelou que virá ao Rio e terá mais reuniões com 'verdadeiros promotores'
Rio - Depois de ser denunciado pela Procuradoria, John Textor quer uma sessão privada com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para apresentar provas de manipulação de resultado. O empresário vai passar o mesmo material que mostrou na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.
"O STJD ainda nunca conduziu uma investigação sobre os fatos da manipulação de jogos, e esta recente proclamação é apenas uma repetição das alegações irresponsáveis anteriores de Marcelo Mauro (então auditor do caso), herdadas pelos novos membros do STJD", disse Textor, à ESPN.
"Solicitei aos meus advogados que solicitem audiência adequada ao STJD, em sessão privada, onde poderei apresentar ao STJD as mesmas provas que já foram bem recebidas pela CPI do Senado, por meio público promotor e por um promotor criminal", completou.
Além disso, Textor fez críticas e afirmou que o STJD deveria "simplesmente abandonar o assunto". O empresário também revelou que terá mais reuniões no Rio com "verdadeiros promotores".
"Estarei novamente no Rio esta semana, tendo mais reuniões em sessão privada com verdadeiros promotores, que assumiram o assunto com verdadeiros poderes investigativos, razão pela qual o STJD deveria simplesmente abandonar o assunto", finalizou Textor.
O acionista majoritário do Botafogo, John Textor, foi denunciado pela procuradoria do STJD pelas manifestações sobre supostas manipulações de jogos no Campeonato Brasileiro. Ele foi enquadrado cinco vezes no artigo 243-F e uma no 221. A pena máxima para o empresário é de 810 dias de suspensão, além de uma multa de até R$ 500 mil.
Em março, John Textor afirmou ter provas de que partidas do Brasileiro estariam sendo manipuladas e as apresentou ao STJD para apreciação de inquérito. No mês seguinte, o norte-americano afirmou que a partida entre Palmeiras e São Paulo, da Série A do ano passado, havia sido manipulada.
O inquérito foi aberto após pedido da Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol para apurar alegações de manipulação de resultados.
A conclusão do inquérito ocorreu em julho. A sugestão foi de que Textor deveria ser penalizado em seis anos de suspensão e uma multa de R$ 2 milhões.
A entidade analisou a documentação entregue pelo acionista do Botafogo e as julgou como "imprestáveis". Com isso, as ações de Textor foram consideradas "ilícitos esportivos contra a honra de sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros". Além disso, "foram constatadas infrações contra a ética desportiva e motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito".
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