Rio - O clima entre o Manchester City e a Premier League continua quente. Após vencer o processo sobre a Liga em relação as regras APT, sobre como os clubes estabelecem acordos de patrocínio ou receitas relacionadas à sua propriedade, o clube inglês contestou a interpretação do resultado feita pela instituição que representa às principais equipes da Inglaterra.
Após o veredito, a Premier League afirmou, em comunicado, que teve sucesso no processo, já que a decisão “sustentava a necessidade das regras APT e rejeitava a maioria dos desafios do Manchester City”. De acordo com o jornal inglês "The Guardian", o Manchester City expôs às outras 19 equipes da primeira divisão inglesa que "lamentavelmente, o resumo é enganoso e contém várias imprecisões".
"De preocupação ainda maior, no entanto, é a sugestão da Premier League de que novas regras do APT devem ser aprovadas nos próximos 10 dias. O tribunal declarou que as regras do APT são ilegais. A posição do MCFC é que isso significa que todas as regras do APT são nulas, e têm sido assim desde 2021", comunicou Simon Cliff, conselheiro geral do City, em email aos clubes.
Esta situação envolvendo o City e a Premier League pode ter efeito no chamado "Julgamento do Século". O clube inglês enfrenta 115 acusações de violação das regras de fair play financeiro. No entanto, de acordo com a imprensa local, esta primeira situação dá vantagem ao City em relação à Premier League e pode abrandar possíveis punições.
Entenda o caso
O Manchester City, que tem como proprietário Sheikh Mansour, membro da família real de Abu Dhabi, processa desde junho a Premier League, acusando-a de "discriminação contra os proprietários do Golfo" e tentando pôr fim às regras de Transações com Partes Associadas (APT).
Essas regras são sobre como os clubes do país estabelecem acordos de patrocínio ou receitas. As equipes da Inglaterra votaram pela aprovação de regras mais rígidas sobre isso em fevereiro deste ano. Uma consequência da compra do Newcastle pelo fundo de investimentos da Arábia Saudita, em 2021. O objetivo era impedir a inflação de acordos de patrocínio ligados aos donos de clube.
Mesmo que esta audiência não esteja diretamente relacionada ao "Julgamento do Século", a alteração destas regras reduziria as acusações ao Manchester City, o que poderia diminuir possíveis sanções.
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