Por bernardo.argento

Rio - A identificação com os outros clubes em que jogou foi tão grande que o passado gremista de Bolívar nem é mais lembrado. Revelado na base do adversário de hoje do Botafogo, às 16h, no Maracanã, o autor do gol da vitória sobre o Goiás cultiva enorme respeito pelo Grêmio, mas lembra que seu retrospecto diante do adversário é de muito mais vitórias. Em mais um encontro, ele espera manter a escrita e ajudar o Alvinegro a respirar mais aliviado, longe do Z-4.

“Joguei três anos na base e era o capitão. Logo depois fui para o Inter e, a partir dali, começou a rivalidade do Grenal. Graças a Deus, na grande maioria das vezes levei vantagem. Peguei uma época vencedora do Inter”, lembra.

Bolívar possui bom retrospecto contra o GrêmioDivulgação

Três anos no Tricolor gaúcho não fizeram o sangue do General virar azul. Vermelho durante grande parte de sua vitoriosa carreira, ele se tornou alvinegro desde o ano passado. Responsável direto pela fim do jejum de vitórias contra o Goiás, o zagueiro vê o Glorioso muito mais leve para encarar o time comandado por Luiz Felipe Scolari

“A gente precisava da vitória de qualquer maneira. Fico feliz por ter contribuído atrás e na frente. Mesmo sabendo do respeito que temos pelo Grêmio, também vamos buscar a vitória e estamos mais confiantes depois de voltarmos a vencer”, diz.
Bolívar é o o jogador do elenco que disputou mais partidas no Brasileirão, ficando fora de apenas uma por suspensão pelo terceiro amarelo. O segredo da regularidade do jogador, de 34 anos, nem é tão misterioso: trabalho.

“Chego uma hora e meia antes dos treinos, faço uma parte da musculação e fisioterapia, que é muito importante. Acho que é isso que me dá consistência. Procuro me cuidar ao máximo fora de campo. O jogador sabe que com essa sequência de jogos tem que ter um repouso adequado”, explica.

Vontade de permanecer

1. Seu contrato vence no fim do ano. Qual é a sua intenção?

Permanecer. A identificação foi muito rápida e tenho admiração pelo clube, pelas pessoas que aqui trabalham e pela cidade. Mas isso não depende só de mim, depende de outras pessoas e da eleição. Depois, vamos conversar e ver.

2. O que tem feito o time alvinegro esquecer os problemas extracampo?

O ambiente que a gente tem é muito bom. É isso que nos faz ir a cada dia para o treino. Sabemos que passamos muita dificuldade financeira, mas o objetivo é bem maior do que isso. Queremos tirar o Botafogo dessa situação. A gente defende uma camisa que tem uma história bonita e precisamos respeitá-la.

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