Rio - A passagem do maior ídolo do Botafogo, desde a geração de 1995, está perto do fim. Após entrar em rota de colisão com o presidente Maurício Assumpção e com o diretor técnico Wilson Gottardo, Jefferson, aos 31 anos, encaminha sua saída do clube, que deve acontecer no fim da atual temporada. Goleiro titular da Seleção e capitão do Alvinegro, ele desperta o interesse de vários times do exterior, mas são grandes as chances de se transferir para o São Paulo e substituir Rogério Ceni, que irá se aposentar no fim do ano.
Jefferson tem sido um dos principais críticos da diretoria do Botafogo e chegou a dizer que os jogadores estavam abandonados na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O mandatário alvinegro cogitou demitir o goleiro com Bolívar, Edilson, Julio Cesar e Sheik, mas pensou melhor e não tomou a decisão por achar que ele ainda pode render lucro aos cofres do clube. A idolatria da torcida e o posto de titular da seleção brasileira também pesaram.
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Com contrato até o fim de 2015, Jefferson pode assinar pré-contrato com outro clube a partir do meio do ano que vem. O adeus, entretanto, deve acontecer antes. O ambiente e a relação com os dirigentes, principais fatores que impediram uma transferência anteriormente, estão muito estremecidos.
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O estopim da crise entre Jefferson e a diretoria aconteceu há dez dias, quando Wilson Gottardo o acusou de ter se recusado a enfrentar o Santos, pela Copa do Brasil, por ter acabado de defender a Seleção em amistosos na Ásia e enfrentado uma desgastante viagem de volta ao Brasil. Os dois trocaram ofensas em público e Maurício Assumpção teve que intervir para tentar amenizar a situação e selar a paz.