Rio - De 2012 a 2014, Marcelo Mattos travou difícil batalha contra uma lesão no quadril. Três cirurgias e o local de trabalho mudou do campo para a sala de fisioterapia. A plena recuperação é comprovada pelos poucos cartões levados no Carioca. Novamente 100%, ele recebeu apenas dois em sete partidas, apesar de ser um jogador estritamente de marcação. Na vitória contra o Flamengo, um fato nada comum para um atleta de contenção: deixou a partida sem ter cometido nenhuma falta e, nem por isso, deixou de cumprir sua função com precisão.
“Só contra o Nova Iguaçu que eu não queria tomar cartão mesmo, entrei com a cabeça preparada. Contra o Flamengo, atuei normalmente. Acho que é circunstância de jogo. Mostra que estou evoluindo fisicamente, porque, com a velocidade, consigo tomar a frente do adversário e não preciso fazer a falta”, disse o camisa 5.
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O jogador de 31 anos passou por um recondicionamento tanto físico quanto mental. A frustração por só ter conseguido atuar na decepcionante reta final do Botafogo no Brasileirão na temporada passada mexeu com seus brios.
A virada do ano também transformou seu astral. A motivação voltou com as mudanças na diretoria, comissão técnica e elenco. A alegria de jogar futebol está novamente estampada em seu rosto, que durante os treinos é coberto por uma camada generosa de protetor solar.
O momento individual é dos melhores, assim como o do Botafogo, líder do Carioca, mas o jogador conhece bem a montanha-russa da bola e não permitirá que a acomodação ronde o grupo.
“Somos líderes, vencemos o Flamengo, mas não estamos com essa bola toda. Até domingo, não estávamos na frente, mas encaramos o clássico com seriedade e conseguimos vencer”, afirmou.
Após a vitória no clássico, os comandados de René Simões não querem cair na armadilha do favoritismo. Será com esta mentalidade que o time enfrentará outro arquirrival. “Não acho que o Fluminense venha pressionado. É um grupo com jogadores experientes e que sabe que o futebol sempre dá oportunidade de mudar qualquer situação”, alertou.