Por jessica.rocha

Rio - Notificado na manhã desta sexta-feira, o advogado de Jobson, Marcos Motta, não foi pego de surpresa pela decisão da Fifa de suspender o atacante por quatro anos por ter se recusado a fazer o exame antidoping na Arábia Saudita. A defesa já começou a tomar as medidas legais e entrará com um recurso segunda-feira no Comitê de Apelação da entidade. Para tentar conseguir a liberação de Jobson, de 27 anos, para o segundo jogo da final do Carioca, contra o Vasco, Motta alegará que pode haver danos irreversíveis ao atleta em caso de demora na decisão.

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"Cabe apelação e vamos entrar com o recurso na segunda. Se não conseguirmos, ainda podemos apelar na Corte Arbitral do Esporte (CAS-TAS)", afirmou o advogado, que não descartou tentar um efeito suspensivo para liberar Jobson a tempo da final: "Podemos tentar, mas não dá para prometer."

Jobson está mantido no time titular do BotafogoBruno de Lima

Apesar das medidas que serão tomadas, Jobson não tem garantia de que irá poder jogar a segunda partida da final. Segundo Motta, a Fifa não tem um prazo para julgar o recurso.

Mesmo que consiga mudar a decisão na Corte de Apelação da Fifa, a situação de Jobson não estará resolvida. Assim como a defesa, o Comitê Antidoping da Arábia Saudita pode recorrer na Corte Arbitral do Esporte. Como a pena não pode ser alterada, a decisão se dará pela punição em âmbito mundial ou apenas no país árabe.

ENTENDA O CASO

Há um ano, Jobson foi suspenso por quatro anos pelo Comitê Antidoping da Arábia Saudita por ter se recusado a fazer um exame antidoping quando jogava pelo Al-Ittihad, entre 2013 e 2014. Na época, ficou a discussão se a punição valeria para todo o mundo ou apenas no país. A defesa do atacante conseguiu a liberação para que ele voltasse a jogar no Brasil, pelo Botafogo, em outubro.

Na nota publicada em março, pelo Comitê, o jogador foi acusado de ter se omitido de realizar o antidoping. Jobson ainda teria faltado a duas audiências sobre o caso. A defesa de Jobson, desde o início, alega que o jogador nunca deixou de fazer exames e que a acusação seria uma represália por ele ter entrado na Fifa contra o Al-Ittihad para receber salários e outros pagamentos devidos.

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