Por pedro.logato

Rio - Se há uma inspiração para o Botafogo derrotar o Vasco por dois gols e ser campeão carioca é reviver seu passado glorioso e repleto de ídolos. Dimba é um desses personagens, após ter feito a torcida alvinegra sorrir com a conquista do título estadual de 1997. Vindo do Sobradinho, do Distrito Federal, o atacante foi um dos talismãs adotados por Joel Santana — e estava iluminado naquela noite de 8 de julho.

Dimba comeu grama no MaracanãMarcelo Regua

Como o torcedor costuma dizer que há coisas que só acontecem ao Botafogo, o surgimento de Dimba foi mais uma delas. Após fazer um verdadeiro carnaval na defesa cruzmaltina, ele marcou seu primeiro gol no Maracanã,deu a taça ao Fogão e deixou o nome na história do clube e do Campeonato Carioca. Até hoje lembrado pelos torcedores, Dimba revela um enorme carinho pelo Glorioso, clube do seu coração.

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“Eu sou muito grato ao Botafogo e torço pelo clube até hoje. Foi onde eu comecei a fazer sucesso na carreira e marcar o gol do título pelo clube pelo qual você torce é importante demais. Foi muita sorte, porque foi o meu primeiro gol no Maracanã e logo um tão importante, que deu um título à torcida”, comentou.

O atacante, de 41 anos, ainda está em atividade pelo Sobradinho, que foi eliminado do Campeonato Brasiliense, e se lembra até hoje da provocação de Edmundo no primeiro jogo da final do Carioca de 1997.

Dança da Bundinha marcou final de 1997Marcelo Regua

O Animal parou com a bola na lateral do campo e rebolou à frente do zagueiro Gonçalves. Para Dimba, isso foi o combustível que o Fogão precisava para entrar em campo disposto a ‘incendiar’ o Maracanã no segundo jogo.

“Eu estava observando de longe e vi o Edmundo fazendo aquilo, dançando. Nós ficamos mordidos com o gesto. Mas isso ajudou o nosso time a ficar muito mais concentrado naquele jogo”, afirmou.

Dimba também recordou um gesto que entrou para história do Maracanã. Na comemoração do título, ele se ajoelhou no gramado e, sem pensar muito, comeu grama. Ele destaca que foi o primeiro a fazer isso no Maior do Mundo e até comenta o gosto do gramado.

“Eu estava de frente para a torcida do Botafogo e eles estavam gritando o meu nome. Aquilo foi uma forma de agradecer o carinho que sempre me deram. O sabor da grama, misturado ao da vitória, ao de um título, é delicioso, não tem igual. Fui o primeiro jogador a ter feito isso no Maracanã”, ressalta, ainda emocionado.

Reportagem do estagiário Ulisses Valentim, sob a supervisão de Martha Esteves

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