Rio - Com o prazo de até duas semanas, Ricardo Gomes promete renovar a esperança da torcida do Botafogo pela chegada de um novo camisa 9. A preocupação de não queimar etapas com os promissores Luis Henrique, de 17 anos, e Ribamar, de 18, é um consenso em General Severiano. Entre os nomes na pauta da diretoria, o de Rafael Moura, do Internacional, voltou a ganhar força nos bastidores. Gustavo Canales, da Universidad de Chile, é outro especulado. No entanto, o sigilo prevalece.
“O torcedor quer a equipe jogando bem, com os atacantes fazendo gols. Luis Henrique e Ribamar estão administrando a responsabilidade, mas sem o peso de ser o 9 do Botafogo. A fórmula do sucesso não conheço, mas tenho minha maneira de administrar. No espaço de uma semana a duas semanas devemos ter um novo atacante”, avisou Ricardo Gomes.
Em meio à míngua de atacantes, o técnico comemora a volta de Neilton. Recuperado de lesão na coxa esquerda, o xodó, que passou por um trabalho especial de reforço muscular, ficará no banco de reservas contra a Cabofriense, neste domingo, em São Januário. Perto da estreia em 2016, o atacante terá uma volta gradual ao time titular.
“É muito boa, positiva a volta de Neilton. Ele começa no banco. Na minha cabeça, deve jogar no máximo meia hora. Ele teve uma lesão importante e não quero correr risco”, disse Ricardo Gomes.
Com o desafio de remontar o Botafogo após a saída de 16 jogadores e a chegada de apenas sete reforços, o treinador vislumbra o aproveitamento de Salgueiro no clássico com o Fluminense, na próxima quarta-feira. No entanto, deixou a entender que pretende testar o uruguaio no meio de campo e não no ataque. À espera da regularização, o meia-atacante tem treinado com os demais companheiros, mas ainda não foi oficialmente apresentado.
Ricardo Gomes defende novo esquema
A nova montagem do meio de campo do Botafogo é uma incógnita na cabeça do torcedor. Em busca da melhor formação, Ricardo Gomes rechaça a hipótese de retranca e aposta no equilíbrio com Airton, Bruno Silva e Rodrigo Lindoso no setor.
“Não é minha ideia, é a do futebol. Ficamos muito tempo estagnados com a formação de dois meias ofensivos e dois defensivos. Isso acabou. É preciso ter mobilidade para furar a defesa, necessita a participação de todos. Do antigo cabeça de área, lembra disso? (risos). O cara que só ataca terá dificuldade para jogar”, disse Gomes, que destacou que Lindoso é apoiador de origem e quando recuou foi por opção tática.