Rio - A bola carimbada no travessão de Diego Cavalieri já seria suficiente para Emerson concorrer ao posto de cobrador de faltas do Botafogo em 2016. A tentativa de encobrir o goleiro do Fluminense antes da intermediária no domingo deixou sensação de ‘quase’ para o jovem zagueiro. Com uma bomba que alcançou 109,9 km/h, ele já havia surpreendido Martín Silva no empate com o Vasco. Com a confiança de Ricardo Gomes, Emerson, de 20 anos, é outra revelação do clube a ganhar espaço nas mãos do treinador.

“Conversei com o Carli. Ele ia bater rápido, mas pedi para esperar porque disseram que o Diego (Cavalieri) estava saindo do gol. Quando esperei mais um pouquinho, vi que estava saindo. É difícil, mas se conseguisse ficaria marcado. Poucos gols acertam assim, seria inesquecível”, disse.
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O cochilo na marcação de Gum custou o empate no fim no clássico com o Fluminense. Apesar da frustração, o resultado não desqualifica o bom trabalho da melhor defesa do Carioca, com quatro gols, ao lado do Flamengo. Com o argentino Carli, Emerson deixou concorrentes mais experientes para trás, como Renan Fonseca, titular na Série B do Brasileiro, e Emerson Silva, já convocado para a Seleção.
“Fico feliz por estar jogando, de ser escolhido pelo Ricardo. Mas o grupo tem excelentes jogadores. Quem ele escolher o Botafogo vai estar bem servido. Renan e Emerson são ótimos jogadores”, avaliou.
Se a timidez é um obstáculo nas primeiras entrevistas, a dedicação e a entrega são os trunfos do garoto, que promete trabalhar para realizar o sonho de vestir a camisa da seleção brasileira no futuro. A oportunidade de representar o país nos Jogos Olímpicos anima Emerson: “Quem sabe? Vou continuar fazendo o meu trabalho pelo Botafogo. Se pintar uma vaga, ficarei feliz.”