Rio - Vivendo um grande momento pelo Botafogo, Roger tem aos 32 anos algo que nunca havia alcançado em toda carreira. Feliz dentro e fora de campo, o atacante passou por momentos de turbulência até chegar no clube carioca. Um dos maiores arrependimentos da sua vida foi o contato com o álcool. No Japão, o jogador quase acabou sendo preso, quando o país viveu um trama por conta de um tsunami em 2011.
Muito apegado aos familiares e extremamente humilde, Roger já se deslumbrou no futebol. No começo da carreira, quando conseguiu uma chance em um clube grande, o jogador extrapolou e encontrou no vício no álcool um inimigo que atrapalhou a sua carreira.
"Tive muito problema com álcool, bebi muito durante 10 anos. Faz seis anos e meio que não bebo nada de álcool. Também não estou aqui para condenar ninguém. Se você tiver o domínio, não é prejudicial em nada. Mas o álcool me tirou algumas coisas. Me tirou esse sonho, porque com 22 anos eu estava no São Paulo jogando uma Libertadores, sabe? Hoje, eu ia falar assim: "Estou sonhando com Seleção." Aquela equipe do São Paulo era Amoroso, Luizão. Todo mundo foi para a Seleção, e eu estava ali. Eu me arrependo disso sim. E o conselho que deixo para os jovens: cuidado, que o álcool é prejudicial e vai te atrapalhar. escute o que estou te dizendo. Se você não dominar o álcool, ele vai te atrapalhar", afirmou o jogador em entrevista ao programa "É Gol", do Sportv.
Outro fato que marcou negativamente a sua trajetória no futebol aconteceu no Japão. Em 2011, quando defendia o Kashiwa Reysol, o país asiático passou por uma tragédia com um terremoto e um tsunami que vitimou milhares de pessoas. Na ocasião, por desatenção, o atacante quase acabou sendo preso.
"Quando deu aquele tsunami no Japão... A internet parou de pegar no Japão. Todo mundo ficou na internet, bloqueou tudo. O intérprete pegou nossas famílias e levou para a minha casa. A minha, do Jorge Wagner e do Leandro Domingues. Ficamos todos juntos porque estávamos chegando de viagem. A gente chegou, colocou um pagodinho brasileiro e pô... Toma uma cerveja, queima uma carne e tal... Quando de repente a gente sai lá, tinha uns 10 carros de polícia lá em casa dando ordem de prisão para nós. Daí eu peguei o telefone e liguei para o intérprete. Aí ele: "O que vocês estão fazendo?" "Estamos aqui, queimando uma carne...." "Roger, você tá maluco? O Japão passa o pior momento". Aí o vizinho falou que a gente estava festejando... Tivemos que fazer uma carta, eu fui à imprensa pedir desculpas. Quando eu conto eu penso: "Que loucura." Só nós, brasileiros, pra fazer uma dessa", disse.