Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve na Justiça a proibição da torcida organizada Fúria Jovem do Botafogo de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de três anos. Os associados ou membros da torcida estão inclusos no impedimento.
A ação foi motivada pelo tumulto e pela violência praticados pela Fúria Jovem no último dia 16 de agosto, no clássico entre Botafogo e Flamengo, no Estádio Nilton Santos, e na partida de futebol disputada entre o Botafogo e Atlético-MG, realizada no dia 9 de julho na mesma arena esportiva.
Expedientes administrativos encaminhados ao MPRJ pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro revela o envolvimento de integrantes da torcida em brigas, violência, confrontos e emboscada, sob o comando de seu presidente, Luiz Felipe Fonseca da Silva, vulgo 'Canelão'.
De acordo com as investigações, cerca de trezentos integrantes da Torcida Fúria Jovem do Botafogo, juntamente com outras organizadas, saíram de uma rua, na qual se escondiam para a emboscada, e atacaram os torcedores do Flamengo que desembarcavam na estação de trem de Madureira, havendo vários disparos de arma de fogo por parte da torcida organizada do Botafogo.
O efetivo do GEPE, que se encontrava fora da estação de trem aguardando o desembarque da torcida do Flamengo, agiu rechaçando a Fúria Jovem e foi atacado com arremesso de paus, pedras, barras de ferro, sendo que dois integrantes do grupo policial se feriram na cabeça. Na ocasião, foram presos 49 integrantes da torcida organizada botafoguense.
Já na partida de futebol realizada entre o Botafogo e Atlético-MG, foi apurado que houve confusão envolvendo as torcidas organizadas Fúria Jovem do Botafogo e a Galoucura do clube Atlético Mineiro. Neste confronto foram detidos dez torcedores, sendo sete integrantes da torcida organizada do Botafogo, incluindo seu presidente Luiz Felipe Fonseca da Silva; e os outros três, da Galoucura.