Jorge Braga, economista e CEO do BotafogoVítor Silva/Botafogo

Rio - O CEO do Botafogo, Jorge Braga, falou sobre sua expectativa com a implementação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) no país, que passará por nova votação no Congresso após a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao canal "SporTV" nesta terça-feira (7), o dirigente citou os atrativos que o Botafogo apresenta ao mercado de investimentos.

"Eu acho de longe o Botafogo o melhor produto de investimento do mercado. São dois mecanismos, que é enfrentar a dívida e trazer dinheiro novo. O Botafogo tem uma reputação de marca, uma visibilidade no mundo inteiro, com um histórico gigantesco. Tem um conjunto de ativos muito relevantes, desde as seis sedes, e com um histórico de formação de atletas, direitos econômicos, muito grande. Então, na minha opinião, esse conjunto torna o Botafogo o produto de investimento do futebol mais interessante no Brasil no momento", afirmou Jorge Braga, que emendou:

"Temos o marco regulatório importante que é a SAF, e o conceito que o Botafogo está discutindo é estruturalmente igual à SAF. Só que agora temos uma lei que diz exatamente isso. A segurança jurídica que a SAF trouxe mudou a perspectiva do mercado em relação ao Botafogo."
 
O Botafogo tem uma dívida estimada na casa dos R$ 950 milhões. O clube trabalha e é pioneiro na ideia da formação de clube-empresa, e conta com a aprovação da SAF para que a Botafogo S/A saia do papel. Jorge Braga revelou também sua torcida para que os vetos do Presidente da República caiam no Congresso.
 
"Como ela (a lei da SAF) foi concebida originalmente é muito benéfica no meu entender, no sentido de que preserva a continuidade dos clubes, cria um período de transição, mas obriga uma gestão muito clara, um compromisso com o pagamento das dívidas, a criação de uma entidade apartada. O modelo original da SAF é muito bem-vindo e torço para que os vetos caiam", afirmou o CEO do Botafogo.