Raphael Rezende deixou de ser vidro e se tornou vidraça. O jornalista deixou o SporTV para virar o novo 'Head Scout' do Botafogo, como o clube anunciou na última quarta-feira. O profissional, que possui a Licença B de treinador da CBF, vai para a primeira experiência de mercado na carreira.
O scouting era uma das prioridades do Botafogo para 2022. O clube entrevistou possíveis candidatos para a vaga há, pelo menos, três meses. Raphael Rezende, que já ensaiava essa mudança da bancada para os gramados há três anos, foi o escolhido da diretoria.
Mas o que faz um 'Head Scout'? Basicamente, é o responsável direto pelo setor de busca de jogadores e mapeamento de mercado na procura de possíveis alvos que se encaixam para o clube. Além disso, o funcionário também se comunica com profissionais do mercado com o intuito de fazer os primeiros contatos - mas não necessariamente faz as contratações, isso depende das atribuições do dia a dia de cada instituição.
O ex-comentarista será o responsável por mapear e prospectar o mercado na busca de jogadores. É a tentativa de 'se adiantar' antes que algum atleta fique estourado e, consequentemente, tenha o preço aumentado. A Footure, empresa que o Botafogo teve uma curta parceria no ano passado, também tinha essa intenção.
Junto com ele também chega Brunno Noce, ex-Cruzeiro. Citá-lo é vital porque ele também será importante para o processo, chegando para ser o analista de mercado, um profissional mais voltado para assistir jogos, voltar a atenção para os dados e programas (WyScout, por exemplo) e ajudar na observação.
A análise de desempenho, vale o registro, é um setor voltado mais para jogos e a busca de achar formas de como os adversários atuam. Ou seja, não necessariamente é um processo voltado para o mercado - e sim, como o próprio nome indica, algo voltado para estudar os dados e interpretá-los para melhorar o desempenho coletivo.
Antes, os responsáveis pela análise de desempenho também apareciam com frequência nesse setor de mercado. Pela falta de braços, os profissionais tinham que se desdobrar. Com as contratações, a tendência é que os processos fiquem atribuídos aos respectivos grupos.
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